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Da Redação
Publicado em 27 de outubro de 2021 às 20:53
- Atualizado há 2 anos
Há 34 anos funcionando em Stella Maris, em Salvador, o Clube dos Empregados da Petrobras (Cepe) está ameaçado de fechar as portas. A diretoria do clube recebeu uma notificação da direção da Petrobras que pede a desocupação da área no prazo de quatro meses, colocado fim ao contrato de comodato firmado entre as duas instituições.>
Segundo a diretoria, o equipamento, que faz parte da história do bairro e é referência em esporte, lazer e entretenimento para as famílias dos empregados da Petrobras e moradores de toda a região, ocupa a área desde 1987. >
Atualmente, são cerca de cinco mil associados que contam com uma infraestrutura completa de lazer, com quatro quadras poliesportivas, quatro campos de futebol, cinco piscinas, academia, concha acústica, vestiários, restaurantes e estacionamento. >
O CORREIO enviou um e-mail à assessoria da Petrobras solicitando um posicionamento sobre o pedido de desocupação da área, mas ainda não obteve retorno.>
Apelo social No local, são oferecidas ainda escolinhas esportivas, inclusive abertas para a comunidade e para crianças e jovens de projetos sociais, como de futebol, natação, ginástica rítmica e tênis, torneios, temporada de pesca, além de aulas de dança e grandes eventos em datas festivas como Dia das Crianças, Dia das Mães, Dia dos Pais, Dia dos Namorados, Natal, São João e Réveillon, já tradicionais no clube. >
O Cepe também realiza diversas ações solidárias, durante todo o ano, de arrecadação de alimentos, materiais de limpeza e higiene e agasalhos, apoiando mais de 20 instituições da cidade. >
Reunião A diretoria já acionou o departamento jurídico para que sejam tomadas todas as providências a fim de evitar o fechamento do clube. No dia próximo sábado (30), às 9h30, na sede do clube, será realizada uma assembleia com os associados para discutir o assunto, informar a situação real junto à Petrobras e traçar as estratégias de luta. >
Por se tratar de uma Área de Proteção Ambiental (APA), preservada durante todo o período de funcionamento, a direção diz que busca o apoio das instituições ambientais de Salvador, especialmente daquelas que atuam no entorno do bairro. >
Para o presidente do Cepe Stella Maris, Dejair Santana, a luta não será das mais fáceis. “Vamos brigar para assegurar o direito dos nossos associados e garantir a permanência do nosso clube, que faz parte não só da história do bairro como também de Salvador. Além de ser um importante equipamento de lazer e entretenimento para os soteropolitanos, um dos maiores clubes do Norte-Nordeste, que conseguiu sobreviver à pandemia, há um sério trabalho de responsabilidade social e ambiental do qual não abrimos mão”, afirmou, em nota.>