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Gil Santos
Publicado em 29 de setembro de 2017 às 15:28
- Atualizado há 2 anos
Fabiano Fortuna e Silva, 40 anos, tinha 21 quando fez o concurso para entrar para a Polícia Militar. Adelaide Fortuna, mãe do subtenente que foi baleado no estacionamento do Shopping Paralela, e morreu nesta quita-feira (28), contou que ele não falava em ser policial quando era menino, mas que na adolescência começou a se interessar pela carreira. >
"Ele fez o primeiro concurso para ser sargento. Foi aprovado, e alguns anos depois fez outro concurso, dessa vez para ser tenente. Ele era muito dedicado ao trabalho e apaixonado pela profissão. Ele amava o que fazia", contou Adelaide. >
A polícia investiga o caso como latrocínio. Fortuna foi o 17º policial assassinado na Bahia em 2017. Os colegas de profissão dele contaram que a principal característica do PM era o bom humor. O policial da reserva Gilson Lopes, 54, trabalhou com Fortuna durante anos e disse que tem boas histórias sobre o amigo. >
"Algumas vezes acontecia de um de nós esquecer o almoço ou não conseguir levar comida para o trabalho por algum motivo. Ele sempre dividia o almoço dele com a gente. Era o primeiro a mobilizar todo mundo para fazer o mesmo. Com ele não tinha tempo ruim, era um companheiro para todas as horas", contou.>
Casa nova Fabiano morava no bairro da Mata Escura e havia entrado em um consórcio para comprar um apartamento. Ele foi sorteado e recebeu a chave do imóvel nesta quarta-feira (27), um dia antes de morrer. Alguns familiares acreditam que ele estava resolvendo coisas do imóvel novo quando foi abordado pelos bandidos, na tarde de quinta.>
Fabiano estava em uma motocicleta quando foi abordado por dois homens em outra moto, por volta de 15h30, dentro do estacionamento do Shopping Paralela. Os criminosos balearam o policial e fugiram levando a arma da vítima. O PM foi socorrido com vida para o Hospital Geral Roberto Santos, no Cabula, mas não resistiu aos ferimentos e morreu horas depois do crime, no início da noite.>
Os bandidos foram flagrados pelas câmeras de segurança do shopping, e o caso está sendo investigado pela Força Tarefa da Secretaria da Segurança Pública (SSP) formada com esse propósito. A autoria e a motivação do assassinato ainda não foram esclarecidas, e ninguém havia sido preso até a tarde desta sexta, quando o PM foi enterrado, no cemitério Bosque da Paz.>