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Da Redação
Publicado em 25 de agosto de 2016 às 18:44
- Atualizado há 2 anos
Matheus está sendo procurado pela polícia(Foto: Reprodução/Polícia Civil)Três homens foram presos suspeitos de matar a pauladas o policial militar da reserva José Antônio Bispo Sena, 56 anos. O crime aconteceu na manhã de sábado (20), na Estrada de Campinas, em São Caetano. A vítima foi confundida com um assaltante e espancada até a morte. O soldado morreu no local do crime.>
Paulo Roberto do Nascimento, 40, Eduardo Souza Ribeiro dos Santos, 31, e Dêivisson Machado Gama, 21, foram presos nesta quinta-feira (25). Todos são moradores de São Caetano. Segundo a polícia, eles admitiram o crime em depoimento, mas disseram que foi um mal-entendido. O delegado Odair Carneiro, da Força-Tarefa da Secretária de Segurança Pública (SSP) - criada para investigar assassinatos de policiais - contou que tudo começou com uma discussão. "O soldado foi cobrar uma rifa e, no caminho, encontrou com um homem identificado como Matheus. Os dois tiveram uma discussão e o suspeito começou a gritar 'Pega ladrão! Pega ladrão!'. Ele partiu pra cima do policial com uma pá e a população correu para agredir o soldado. A vítima foi perseguida por cerca de oito indivíduos e agredida com pauladas e uma pá, e morreu no local", afirmou.>
A polícia pediu a prisão temporária de Matheus do Sacramento Dantas, 21, e de um homem identificado apenas como Salsichão, mas eles ainda não foram localizados. Segundo o delegado, Matheus não tem passagem pela polícia. Os investigadores ainda não sabem qual foi o motivo da briga entre Matheus e o soldado. Quem tiver informações sobre os suspeitos pode ajudar a polícia entrando em contato através do Dique Denúncia pelo (71) 3235-0000 ou 181.O delegado contou que toda a ação foi registrada por câmeras de segurança. No momento do crime, o policial estava com uma faca, mas não conseguiu golpear nenhum dos suspeitos. A arma foi recuperada e periciada. Os três homens presos foram autuados por lesão corporal seguida de morte e serão encaminhados para o sistema prisional.Paulo Roberto, Eduardo e Dêivisson durante apresentação no DHPP(Foto: Almiro Lopes/CORREIO)Perseguição e espancamentoSegundo a polícia, Eduardo usou uma moto para derrubar o PM. O suspeito preferiu não comentar o caso. Dêivisson também ficou em silêncio durante a apresentação no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), na Pituba. O delegado informou que os homens presos possuem passagens policiais por brigas e violência doméstica. >
Paulo Roberto disse ser ajudante de soldador e contou que estava distante do local do crime quando a confusão começou. "Estava no bar e ouvir gritar 'Pega ladrão! pega ladrão!'. A população se agitou e levantei para ver o que estava acontecendo, mas eu só corri atrás, não agredi ele (policial)", afirmou. Em depoimento, ele e os outros dois presos apontaram Matheus e Salsichão como os autores do homicídio do soldado. "Matheus deu a primeira pazada e ele não caiu. Deu a segunda e ele continuou correndo, até cair mais na frente. Quem bateu nele foi Matheus", disse.José Antônio era soldado da policial militar e foi reformado por problemas psiquiátricos. Participaram da investigação policiais do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), do Departamento de Repressão e Combate ao Crime Organizado (Draco) e da Delegacia de Homicídios Múltiplo (DHM).>