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Da Redação
Publicado em 6 de julho de 2020 às 14:34
- Atualizado há 2 anos
A Secretaria Municipal da Saúde de Salvador (SMS) vai intensificar, a partir desta quarta-feira (8), as ações de controle da leptospirose na região do Dique do Tororó. A mobilização, nesta quarta, acontece a partir das 8h30. >
Até o início de julho deste ano, foram registrados 16 casos confirmados da doença em Salvador com a ocorrência de um óbito pelo agravo.>
A estratégia contará com a atuação de cerca de 30 profissionais, entre agentes de combate às endemias, biólogos e veterinários que compõem a equipe técnica. Todo o entorno do dique e ruas adjacentes receberão o controle químico (desratização).>
De acordo com a chefe do setor de Vigilância e Controle das Zoonoses, Cristiane Yuki, a mobilização faz parte das operações especiais deflagradas pelo Centro de Controle de Zoonoses para monitorar as principais avenidas, córregos e canais, praias e praças da cidade.“O Dique do Tororó é uma das áreas do município com grande vulnerabilidade para infestação de roedores. Por esse motivo, intensificaremos a intervenção química para reduzir a população de ratos nessa região e minimizar os riscos de transmissão da leptospirose. Essa mesma estratégia seguirá em outras localidades que apresentam o perfil mais propício para a infestação de roedores”, explicou Yuki.A técnica reforçou ainda a importância da população fazer a sua parte para garantir a redução da infestação dos roedores na cidade. Os cidadãos podem solicitar a visita das equipes do Programa de Controle da Leptospirose através do Fala Salvador 156.>
“A intervenção química é um paliativo, já que os ratos vão morrer. Mas, o principal fator que contribui para o aparecimento de ratos é o acúmulo de lixo. Se a população continuar acumulando entulhos, descartando lixos e alimentos de forma inadequada, outros ratos irão aparecer. Recomendamos que os moradores adotem a prática de dispensar os resíduos somente em horários próximos aos da coleta diária”, destacou. >
Leptospirose A leptospirose é uma doença infecciosa causada por uma bactéria chamada leptospira, presente na urina de roedores, transmitida ao homem. Em situações de enchentes e inundações, a urina dos ratos, presente em esgotos e bueiros, mistura-se à enxurrada e à lama tornando vulnerável qualquer pessoa que tiver contato com a água das chuvas ou lama contaminadas.>
As leptospiras presentes na água penetram no corpo humano pela pele, principalmente se houver algum arranhão ou ferimento.>
Os sintomas mais frequentes da leptospirose são parecidos com os de outras doenças, como a gripe e a dengue. Os principais são: febre, dor de cabeça, dores pelo corpo, principalmente nas panturrilhas (batata-da-perna), podendo também ocorrer vômitos, diarreia e tosse. Nas formas mais graves, geralmente aparece icterícia (coloração amarelada da pele e dos olhos) e há a necessidade de cuidados especiais. >