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Site elenca locais que reúnem cerveja gelada e preço baixo

O CORREIO visitou quatro bares que estão nas primeiras posições do ranking para entender as estratégias de negócio que os tornaram favoritos entre os bebedores

  • Foto do(a) author(a) Luana Rocha
  • Luana Rocha

Publicado em 3 de maio de 2014 às 08:32

 - Atualizado há 2 anos

A combinação perfeita para um verdadeiro apreciador de cerveja é a junção da bebida estupidamente gelada com um preço diretamente proporcional à temperatura, ou seja, barata. Pensando nisso, a Skol criou o site Traz Mais Uma, que consolida em um ranking os melhores locais de Salvador que reúnem esses  dois requisitos básicos para os cervejeiros de plantão. 

O CORREIO visitou quatro bares que estão nas primeiras posições do ranking para entender as estratégias de negócio que os tornaram favoritos entre os bebedores. A lista é formada através de voto no site. Os consumidores podem escolher os bares que já estão na lista ou indicar um novo local. A página, lançada em 2012, tem 186 bares.  Na ponta do ranking está um dos mais tradicionais botecos de Salvador, que não à toa, leva o nome de Líder. Durante os seus 60 anos, e quatro diferentes donos, o bar já se tornou uma das atrações do Centro. Localizado no Dois de Julho, além da cerveja barata, o bar tem como carro-chefe do cardápio o sanduíche de pernil com queijo tipo reino.Manoel Araújo, garçom decano do bar, conta que a ideia do petisco veio com o segundo proprietário. “Ele tinha um bar na Lapinha que já vendia o sanduíche baseado naqueles que existem  em São Paulo. Quando ele comprou este, trouxe o prato”, conta.

Atualmente, o Líder conta com 25 funcionários, entre garçons, cozinheiros e parte administrativa. O segredo para manter a cerveja geladíssima, quem explica é o gerente do Líder, Iran Oliveira. “Temos sete refrigeradores que nunca são desligados. Assim mantemos a temperatura da cerveja no ponto para servir aos clientes”, revela. Oliveira, que desde 2007 gerencia o espaço, credita o sucesso à fidelidade dos frequentadores. “Posso afirmar que 80% das pessoas que vêm aqui já são clientes nosso e estão incorporadas ao dia a dia do nosso bar. Também apreciamos o bom atendimento. Quem vem aqui já sabe o código: tirou a cerveja da camisinha é o sinal de que o garçom pode servir mais uma”.

Gélida Canela de pedreiro, cerveja mofada, c... de foca ou de doer o dente. Essas são as primeiras expressões que vêm à mente para quem vê a cerveja branquinha servida no Ponte Aérea, na Pituba, segundo colocado no ranking. O segredo para o sucesso do bar, que em julho completa 22 anos, conta Vânia Marzolla, proprietária do estabelecimento, é o investimento em equipamentos. “Temos 27 refrigeradores que têm capacidade para armazenar até 500 litros de cerveja. Eles nunca são desligados e jamais misturamos cervejas quentes com as que estão geladas. Acabamos gastando mais com energia, mas a qualidade é mantida”, conta.

“Além disso, desembolsamos mais para ter equipamentos de qualidade e temos funcionários treinados para manter a temperatura dos refrigeradores sem que as cervejas congelem. É um gasto maior, mas  isso  garante o sucesso”a.Engenheira sanitarista por formação e paulista no nascimento, Vânia conta que a ideia do bar surgiu primeiramente, da sua disposição para festas. “Sempre gostei muito de festas e, na época, meu irmão tinha um restaurante que fornecia quentinhas para empresas em Curitiba. Chamei ele para Salvador e resolvemos abrir o bar”, relembra.

“Na época, fomos pioneiros em servir cervejas branquinhas. E esse é justamente nosso ponto forte: o cliente pode ter certeza que a qualquer hora que ele pedir, a cerveja  virá estupidamente gelada”, orgulha-se.Estudantes Logo atrás no ranking aparece o Chuleta, ponto de encontro de estudantes da Univeridade Federal da Bahia (Ufba) pela sua localização, no Vale do Canela, perto das principais faculdades, mas sobretudo pelo preço baixo. A história do Chuleta data de 1977, ainda quando era uma barraquinha, relembra o proprietário João Carlos Rodrigues. Cinco anos mais tarde, o local ganhou a alcunha de Bar Frio.

“Somente em 1997, passou a se chamar Chuleta porque começamos a vender esse corte de carne”, conta. A chuleta, inclusive, é o único tira-gosto servido no bar em que a cerveja mais barata custa R$ 2,50 e a mais cara R$ 3,99. A única exceção é no almoço quando os clientes podem comer um PF por apenas R$ 5,99.Uma tela com seis metros e mais duas TVs de 42 polegadas que transmitem ininterruptamente imagens de todos os tipos de esporte. Esse é o grande diferencial do Bar do Telão, na Liberdade, que aparece na quarta posição do site.

“Aqui as pessoas sabem que podem chegar a qualquer hora e vão assistir qualquer jogo de futebol e, quando não houver partida, outro esporte de preferência. Isso faz com que tenhamos clientes fiéis no bar”, explica o dono Eduardo Silva. A crise econômica pela qual passou o país durante o governo do então presidente Fernando Collor quebrou o comércio de artesanato e decoração de festas de Silva e então ele resolveu trocar de ramo.

“Começaram a chegar muitos produtos importados e os trabalhos manuais acabaram perdendo espaço e tivemos que nos reinventar”, relembra. O galpão na Liberdade que guardava os materiais deu espaço para o bar que hoje, conta ele, tem como petisco mais pedido o camarão ao alho e óleo. “São 500 gramas de camarão por R$ 19,50. No início, achei que não ia vender muito aqui na Liberdade, mas virou sucesso”, conta.

Bebidas aumentam em junho

O percentual de reajuste das bebidas frias, que englobam cervejas, refrigerantes, refrescos, isotônicos e energéticos, será maior do que o anunciado anteriormente, segundo a Secretaria da Receita Federal. O Fisco havia informado que o aumento nos tributos poderia levar a um reajuste médio de 1,3% nesses produtos a partir de 1º de junho, quando a medida entra em vigor. Depois, porém, o órgão informou em nota que o aumento será maior: de 2,25% a partir de junho. “Após ajustes na planilha divulgada, o montante de variação dos preços estimados no varejo aos consumidores poderá ser de até 2,25%, em média, e não 1,3%”, informou o órgão.

A indústria do setor reclamou da alta do imposto do produto, ainda quando o valor era mais baixo. A Associação Brasileira da Indústria da Cerveja (CervBrasil) disse ter sido surpreendida com a segunda alta dos tributos sobre o segmento de bebidas frias em menos de um mês e contabilizou em mais de 30% o aumento de impostos do produto desde abril do ano passado (incluindo a elevação prevista para 1º de junho). Os eventuais repasses de preços serão definidos por cada empresa, informou a associação.

Ao anunciar a alta dos tributos, o secretário da Receita Federal, Carlos Alberto Barreto, afirmou que a decisão é “eminentemente técnica” e serve para “reequilibrar a base de cálculo dos tributos cobrados sobre esses produtos”. A última revisão dessa tabela havia ocorrido em maio de 2012.“É uma revisão de tabelas, eminentemente técnica, para restabelecer equilíbrio entre tributos e preços praticados, pois faz mais de dois anos que a tabela não é revisada. Não está ligada a nenhuma outra medida”, disse Barreto na ocasião. O secretário da Receita Federal disse ainda que o governo espera que os fabricantes “absorvam” esse aumento da carga, o que evitaria alta nos preços dos produtos aos consumidores.