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Adolescente de 17 anos foi morto na Avenida Vasco da Gama após clássico baiano
Da Redação
Publicado em 10 de abril de 2017 às 16:12
- Atualizado há um ano
Um dos suspeitos de participar da morte do torcedor do Bahia Carlos Henrique de Deus, 17 anos, foi preso nesta segunda-feira (10), informou a Polícia Civil. Pietro Henrique Ferreira Caribé Pereira, 25, será apresentado no auditório da polícia, na Pituba, na tarde de hoje.
O suspeito foi preso no bairro do Garcia, quando era procurado na casa da mãe. Ele já tem passagem policial por furto de veículo e briga generalizada. Outros suspeitos ainda estão sendo procurados - a polícia não disse quantos. Também não foi divulgado o que teria motivado o crime. Familiares de Carlos Henrique atribuíram a morte à rivalidade entre as torcidas de Bahia e Vitória. Um amigo do adolescente também foi baleado e foi socorrido.
Segundo a polícia, Pietro é motorista da Uber e vigilante da Unifacs. Ele é morador do bairro Fazenda Grande do Garcia.
O crimeO adolescente morreu por volta das 20h deste domingo (9), ainda no posto de combustível. O crime aconteceu após o término da partida entre Bahia e Vitória pelo Campeonato Baiano. Carlos Henrique Santos de Deus, 17, tinha ido ao estádio assistir ao jogo e estava a caminho de casa, na Rua Ferreira Santos, no bairro da Federação, quando foi atingido no abdômen e na perna.
Segundo testemunhas, a pessoa que atirou estava a bordo de um veículo, que parou próximo ao adolescente e disparou. Além de Carlos Henrique, outro amigo, o frentista Isaias Souza Santos, 27, foi atingido de raspão no pescoço e levado por uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) ao Hospital Geral do Estado (HGE). Ele passou por uma cirurgia na madrugada desta segunda-feira, para retirada da bala. Seu estado de saúde é estável.
Em contato com o CORREIO, o primo do frentista, o zelador Jandson de Jesus Mota, 26, informou que o primo esteve consciente durante todo tempo e narrou à família o que teria acontecido. "[Isaias] me disse que eles tinham acabado de passar pelo Dique e atravessaram a rua. Foi quando três homens, apenas um deles armado, chegou atirando. Ele contou que se escondeu na parte de troca de óleo do posto", relatou.
Ainda conforme o primo da vítima, dois, dos três homens vestiam a camisa do Vitória. "Ele contou que viu os caras com os uniformes. Mas foi só. Ele está bastante abalado porque viu o Carlos morrer. Iam juntos para os jogos. É lamentável", pontuou.Carlos Henrique faria aniversário essa semana (Foto: Arquivo Pessoal)O Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), que investiga o caso, informou que ainda não é possível afirmar o que, de fato, motivou o crime. Conforme a Polícia Civil, testemunhas que já foram ouvidas informaram à polícia que dois ônibus da torcida organizada do Vitória, Imbatíveis, estavam sendo perseguidos por dois carros de cor prata.
Os depoimentos dão conta de que homens, nenhuma das testemunhas precisou a quantidade, fecharam um dos ônibus e desceram do veículo já disparando contra as vítimas. A polícia informou, também, que ainda não tem certeza se as imagens foram gravadas pelo circuito de segurança do posto.
O CORREIO foi até o posto mas não conseguiu contato com a administração do estabelecimento. Um dos frentistas disse que há a possibilidade do circuito não ter flagrado a ação, já que o espaço passou por troca de gestão recentemente. Ao CORREIO, funcionários informaram que as duas torcidas frequentam o local, e nunca havia acontecido nada parecido.
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