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Terreiro inscreve para oficinas de turbante e maquiagem para mulheres negras

Até dezembro, ciclos oferecerão outros eventos com o mesmo foco

  • D
  • Da Redação

Publicado em 4 de setembro de 2019 às 17:50

 - Atualizado há 2 anos

. Crédito: Divulgação

O terreiro Unzó Maiala, no Garcia, lança na segunda-feira (9) um projeto que busca construir espaços de informações e discussão sobre autocuidado, saúde reproduvitva e os ciclos do corpo das mulheres negras da periferia de Salvador. O evento, batizado de Matriarcalidades: O poder das Yabás e a força geradora da vida, acontece a partir das 19h, durante o caruru do terreiro. O projeto está aberto para mulheres cis e trans.

No evento, acontecem também oficinas de turbante e maquiagem para mulheres negras, com filhas de Santo da casa. Não é necessário fazer inscrição para essas oficinas.

O ciclo a Dandalunda terá uma segunda etapa, na sexta (13), das 16h às 21h, em que ocorrerá uma oficina sobre a auto-observação do ciclo menstrual a partir das alterações que afetam o corpo feminino com as educadora s Laís Souza e Maíra Coelho, que em conjunto com a terapeuta holística Jaqueline de Almeida e a designer Luma Flôres escreveram o Manual de Ginecologia Natural e Autônoma, a ser distribuído na oficina. 

Este dia iniciará com a percussão ritualística de Sanara Rocha – atriz, diretora de teatro e musicista. Como instrumento de valorização e fortalecimento da autoestima, serão oferecidas duas oficinas de estética afro – de tranças e dreads. Para participar dos eventos do dia 13, é preciso se inscrever através deste link ou pelo instagram do Unzó Maiala. Caso as 30 vagas não tenham sido preenchidas, será possível se inscrever presencialmente no dia. 

Projeto  O Matriarcalidade: O poder das Yabás e a força geradora da vida conta com o apoio financeiro do edital Ela Decide, do Fundo ELAS e do Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA). No intuito de garantir acesso a informação sobre métodos contraceptivos, saúde sexual e reprodutiva a uma camada da população de mulheres que permanecem alheias a essas informações por motivos raciais e socioeconômicos, ocorrerão 4 ciclos de formação referenciados no arcabouço cultural do Candomblé através das representações dos Orixás/Nkisi, especialmente as Yabás: as orixás mulheres que carregam consigo a força geradora da vida. 

O primeiro ciclo de formação traz o arquétipo da yabá Ndandalunda. O segundo ciclo de formação é dedicado a yabá Nzumbarana / Nanã, a mulher primitiva e muito relacionada a sabedoria, e ocorrerá em outubro. Neste ciclo será realizado uma roda de conversa sobre as doenças sexualmente transmissíveis (DST’s) e os desequilíbrios no ciclo menstrual, com o objetivo de fortalecer o senso de responsabilidade sobre a saúde do próprio corpo.

Em novembro, ocorrerá o terceiro ciclo de formação referenciado a Oxumarê/ Angoro, nkisi das transições e transformações. Oxumaré é o nkisi que representa a dualidade entre as energias feminina e masculina, portanto, este ciclo de formação será especialmente dedicado à comunidade LGBTQ+, com ênfase nas mulheres transexuais e a reflexão da saúde, do autocuidado e facilitar a troca de ideias sobre as formas de opressão e as estratégias de sobrevivência deste grupo.

O último ciclo terá suas ações realizadas em dezembro e está referenciado em Katendê, o nkisi ligado ao poder das ervas. Este ciclo de formação terá suas ações realizadas em dezembro e será dedicado a troca de saberes sobre o uso tradicional de ervas com fins medicinais e terapêuticos. Para acompanhar a programação das oficinas e inscrever-se é só acessar a página no Instagram @unzomaiala. 

“Ao garantir o protagonismo das mulheres, o projeto do Unzó Maiala contribuirá para o resgate das nossas tradições no sentido de promover o auto-cuidado e a afetividade entre as mulheres, além de potencializar a interlocução entre as gerações do Candomblé e o público externo”, diz a coordenadora Mameto Zumbaraná.