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Tradicional em Salvador, imóvel do Colégio Odorico Tavares vai a leilão

Escola localizada no Corredor da Vitória está fechada desde 2019

  • Foto do(a) author(a) Esther Morais
  • Esther Morais

Publicado em 29 de julho de 2025 às 12:03

Colégio foi um dos mais tradicionais em Salvador  Crédito: Tiago Caldas

O terreno do Colégio Odorico Tavares, uma das escolas públicas mais tradicionais da Bahia, vai a leilão. O imóvel está localizado no Corredor da Vitória, área nobre de Salvador, e teve as portas fechadas em 2019. Cinco anos depois, o Governo da Bahia publicou no Diário Oficial do Estado (DOE) o aviso do edital para a venda da propriedade. 

Fundado em 1994, o colégio modelo foi construído na gestão de Antônio Carlos Magalhães (ACM) e tinha capacidade para cerca de 3,6 mil alunos. A propriedade tem 5 mil metros quadrados. 

O período de visitação do espaço começa na quinta-feira (31) e vai até 3 de agosto, das 9h às 18h. O leilão será em 4 de agosto, a partir das 10h, em formato híbrido. Ele ocorrerá de forma presencial no seguinte endereço: 2ª Avenida, nº 200, 4º andar – Espaço Crescer, no CAB (Secretaria do Trabalho - SETRE), Salvador. O link para quem for participar online está disponível aqui

O documento ainda prevê que, no ato do leilão, o vencedor deve pagar 5% do valor do imóvel. O restante deve ser pago à vista ou em até 24 horas. A comissão do leiloeiro é de 5% do valor da arrematação, paga no momento da compra.

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Encerramento das atividades gerou polêmica 

O colégio, que funcionou por 25 anos, no passado já teve filas de mães para conseguir uma vaga para os filhos e chegou a 2019 com apenas 308 matriculados - menos de 9% de sua capacidade, que é de 3,6 mil alunos, segundo dados da Secretaria de Educação do Estado (SEC).

Na época, o governo alegou que vender o terreno iria possibilitar a construção de mais escolas na periferia e o ex-governador Rui Costa (PT) avaliou que a unidade era subaproveitada - devido ao número de estudantes. 

Professores e ex-alunos da instituição, no entanto, avaliaram que, por trás dos argumentos oficiais, houve uma manobra para forjar uma baixa procura pelo colégio. Eles acusaram o governo de sabotar o sistema de matrículas online para reduzir os números de estudantes ano a ano, cedendo à especulação imobiliária. Os alunos também criaram um abaixo-assinado contra o fechamento da escola que já tem 4,7 mil assinaturas.

Desde o fechamento, o setor imobiliário demonstrou interesse no imóvel. “Ali é uma região muito especial. Isso por si só já gera uma valorização. É um local muito bem servido de estrutura, beleza natural, conexão com as principais áreas da cidade e que atende plenamente a um público exigente, como é o consumidor de alto padrão. Com certeza, um sucesso garantido para qualquer empreendimento neste perfil”, analisou Carlos Henrique Passos, vice-presidente da Federação das Indústrias da Bahia (Fieb), na época.