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Primeira menstruação: veja o que a sua filha precisa saber sobre a menarca

Ginecologista explica como preparar as adolescentes para essa fase com informação, acolhimento e cuidados com a saúde íntima

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  • Portal Edicase

Publicado em 11 de novembro de 2025 às 17:03

O diálogo aberto e a informação são essenciais para passar pela primeira menstruação com tranquilidade (Imagem: PeopleImages | Shutterstock)
O diálogo aberto e a informação são essenciais para passar pela primeira menstruação com tranquilidade Crédito: Imagem: PeopleImages | Shutterstock

A chegada da primeira menstruação, conhecida como menarca, é um dos marcos mais importantes na vida das meninas. O evento sinaliza o início da fase reprodutiva e costuma acontecer entre os 9 e 14 anos, embora pequenas variações sejam normais. Mais do que uma mudança física, é também um momento de transformação emocional tanto para as adolescentes quanto para suas mães.

Conforme a ginecologista Dra. Ana Paula Fonseca, especialista em jovens e adolescentes, o diálogo aberto e a informação são as principais ferramentas para atravessar essa etapa de forma tranquila e saudável.

“Ainda existe muito tabu em torno da menstruação. Algumas meninas sentem medo, vergonha ou até acham que estão doentes quando percebem o sangramento pela primeira vez. É fundamental que a conversa comece antes da menarca, para que elas saibam o que vai acontecer e possam se sentir seguras”, orienta a médica.

Mitos sobre a menarca

Entre os principais mitos, estão crenças como a ideia de que a menina não pode lavar o cabelo durante o ciclo menstrual ou que deve evitar certas atividades físicas. Segundo a ginecologista, nada disso tem base científica. “A menstruação não é uma doença. A adolescente pode manter sua rotina normalmente, ir à escola, praticar esportes, tomar banho, lavar o cabelo. O importante é aprender a reconhecer seu corpo e respeitar o que sente”, esclarece.

Dores e desconfortos: quando são normais

Cólicas leves e sensibilidade nos seios são sintomas comuns nos primeiros ciclos menstruais. “Nos primeiros meses, o organismo ainda está se ajustando. O ciclo menstrual pode ser irregular e as dores variam de intensidade. No entanto, se as cólicas forem muito fortes ou incapacitantes, é importante procurar um ginecologista”, alerta Dra. Ana Paula Fonseca. A profissional também destaca que, nessa faixa etária, é essencial descartar condições como a endometriose, que pode se manifestar já na adolescência.

O ideal é que as adolescentes experimentem diferentes tipos de absorventes, sempre com orientação e conforto (Imagem: Yekatseryna Netuk | Shutterstock)
O ideal é que as adolescentes experimentem diferentes tipos de absorventes, sempre com orientação e conforto Crédito: Imagem: Yekatseryna Netuk | Shutterstock

Higiene íntima e escolha dos absorventes

Outro ponto que costuma gerar dúvidas é a higiene íntima. A especialista recomenda o uso de sabonetes suaves, neutros, e a troca frequente dos absorventes. “O ideal é trocar o absorvente a cada quatro horas, mesmo que o fluxo seja pequeno. Isso evita mau cheiro e infecções. As adolescentes também podem experimentar diferentes tipos de absorventes externos, internos ou coletores, sempre com orientação e conforto em primeiro lugar”, afirma.

Rotina saudável e autoconhecimento

Além dos cuidados básicos, manter uma rotina equilibrada é fundamental para a regulação do ciclo menstrual. “Sono adequado, alimentação rica em frutas, verduras e ferro, e prática de atividade física contribuem muito para o bem-estar menstrual”, pontua a ginecologista.

Ela reforça ainda a importância da menstruação como sinal de saúde. “A menarca é uma das formas do corpo mostrar que está funcionando bem. A mãe e a filha devem encarar esse momento como algo natural, parte do desenvolvimento feminino. Acolhimento e informação fazem toda a diferença”, finaliza a Dra. Ana Paula Fonseca.

Por Daiane Bombarda