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Portal Edicase
Publicado em 29 de setembro de 2025 às 11:43
Conforme a Organização Mundial da Saúde (OMS), as doenças cardiovasculares são a principal causa de morte no mundo. Estima-se que 19,8 milhões de pessoas morreram de doenças cardiovasculares em 2022, sendo 85% causadas por ataque cardíaco e derrame. >
O coração é o órgão responsável por bombear o sangue para todo o corpo, garantindo oxigênio e nutrientes essenciais. Quando não há atenção aos hábitos de vida, aumentam os riscos de hipertensão, infartos e outras complicações cardiovasculares. >
Inclusive, recentemente, a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), em parceria com a Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN) e a Sociedade Brasileira de Hipertensão (SBH), divulgou novas diretrizes para o diagnóstico da hipertensão arterial. A partir de agora, valores iguais ou acima de 12 por 8 (120/80 mmHg) já são considerados pré-hipertensão, acendendo um alerta para mudanças no estilo de vida antes que seja necessário recorrer a medicamentos. >
Muitas vezes, sinais sutis podem indicar risco à saúde do coração. “O principal sintoma é a dor no peito, mas problemas cardíacos também podem se manifestar com dores nos braços, esquerdo e/ou direito, mandíbula e dorso, além de outros sinais com formigamento e desmaios”, explica Rafael Domiciano, coordenador da cardiologia do Hospital e Maternidade São Luiz Anália Franco, da Rede D’Or. >
Além disso, também é importante ficar atento a manifestações como: >
Segundo o médico, pacientes com comorbidades estão mais propensos a apresentar esses sintomas. “Esses sinais atípicos são mais recorrentes em diabéticos, nos idosos e principalmente nas mulheres, um grupo subestimado nas emergências de todo o mundo”, complementa o cardiologista. >
Rafael Domiciano explica que problemas cardíacos podem causar sintomas inesperados porque o coração tem interface com inúmeros órgãos do corpo. Além disso, obstruções nas artérias coronárias reduzem o fluxo de sangue no organismo, acarretando reações atípicas. “Vale citar ainda que, durante um infarto, o organismo libera mediadores inflamatórios e neurológicos que podem alterar a forma como os sintomas aparecem, tornando-os diferentes do habitual”, alerta. >
A prevenção das doenças cardiológicas se baseia no controle dos fatores de risco: hipertensão, diabetes, colesterol alto, sedentarismo, obesidade e tabagismo. Há ainda outros menos comuns, mas igualmente importantes, como as doenças inflamatórias ou autoimunes, menopausa precoce e distúrbios mentais, como ansiedade e depressão. >
Quanto à alimentação, o recomendado é priorizar frutas, vegetais, grãos e carnes magras, evitando ultraprocessados, excesso de carboidratos, açúcar e álcool. “O tripé para a saúde cardíaca é dieta equilibrada, prática regular de atividade física e acompanhamento médico. Com isso, é possível prevenir muitas doenças e identificar fatores de risco antes que causem problemas graves […]”, finaliza o cardiologista. >
Por Samara Meni >