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Elis Freire
Publicado em 27 de dezembro de 2024 às 16:56
Quando um evento cultural está próximo, o seu entorno sempre se movimenta. Alguns escolhem marcar presença e curtir, outros resolvem alugar as suas casas próximas ao local, já outros buscam a melhor forma de faturar com as vendas, aproveitando o grande movimento de pessoas. Esse é o caso dos restaurantes, bares e ambulantes da região da Boca do Rio, bairro de Salvador onde se localiza a Arena O Canto da Cidade, palco do Festival Virada Salvador entre os dias 27 de dezembro e 1 de janeiro de 2025.>
De acordo com o presidente da Empresa Salvador Turismo (Saltur), Isaac Edington, mais de 2 milhões de pessoas são esperadas no evento, número que chega próximo a população total da cidade, de 2.418.005 segundo o último censo do IBGE. Dentre turistas e soteropolitanos, o certo é que a orla da Boca do Rio estará tomada de pessoas para prestigiar nomes da música como Ivete Sangalo, Leo Santana, Claudia Leitte e Alok no evento que encerra o ano na capital baiana. >
Vendedor de picolé, Ailton Barbosa da Silva, de 75 anos, está com a expectativa lá em cima para o festival musical. Morador da Boca do Rio há 20 anos, o senhor de idade estará a postos na entrada da Arena O Canto da Cidade para receber cada um das pessoas com o seu sino que avisa a chegada do doce refrescante. >
“Aqui é um bairro muito excelente, é um bairro ativo, cheio de alegria e cheio de harmonia. Então, o festival da virada do ano vai ser muito feliz. Eu espero que Deus me ajude a vender uns 300 picolés, juntando todos os dias”, pediu Ailton, pensando em faturar bastante e começar o ano com um pé de meia. >
O restaurante “Tempero Dii Mainha”, localizado logo em frente à Arena, do outro lado da Avenida Octávio Mangabeira, já fez até reforma para se preparar para o evento. De pequeno porte, mas com “muito tempero e aconchego”, o espaço vai funcionar 24h durante os 6 dias da festa, promovida pela Prefeitura de Salvador. >
“Geralmente acontece um fluxo maior no dia 31, mas a movimentação pré Réveillon também é legal, porque é um movimento rotativo. A expectativa é ganhar clientela, fruto do nosso trabalho. Se você chegar aqui de madrugada, você vai achar um bom prato de mocotó, de feijoada para degustar. Vai ser de 27 a 31 trabalhando dia e noite”, garantiu Luciano de Santana Soares, um dos administradores do restaurante que normalmente funciona de 10h às 22h. >
Criado há 5 anos, o restaurante leva esse nome em homenagem à falecida mãe da dona, conhecida como Nai. O carro-chefe da casa é o acarajé, iguaria típica baiana. Segundo Marinalva Almeida da Silva, criadora do empreendimento, todas as conquistas do espaço são resultado dos temperos passados de mãe para filha. >
“Minha mãe sempre falou assim: ‘eu queria tanto que você aprendesse a fazer umas comidinhas…’ aí eu ficava sempre observando ela fazendo. Antes dela falecer ela disse: ‘fique com esses temperinhos, que eu quero que você leve eles para a Eternidade’. Aí eu coloquei o nome ‘Tempero Dii Mainha”, Marinalva, que segue levando à frente a tradição da família.>
*Com orientação da chefe de reportagem Perla Ribeiro>
O Projeto de cobertura Virada Salvador é uma realização do Jornal Correio com apoio institucional da Prefeitura Municipal de Salvador>