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Priscila Natividade
Publicado em 29 de dezembro de 2023 às 19:59
Samba-reggae raiz, tradição e a batida dos tambores de um das bandas percussivas mais importantes da cidade. O Olodum chegou. E a vendedora Neide Aparecida estava lá na frente do palco só aguardando o show começar: "Cheguei bem cedo para ficar aqui bem na frente para ver o Olodum. É só energia boa, da paz, energia raiz". Neide promete que vai marcar presença no Festival Virada Salvador todos os dias. "Moro aqui na Boca do Rio e venho todos os anos. Não passo réveillon em lugar nenhum se não for aqui", garante. >
Também fã da batida do Olodum, a vendedora ambulante Tatiane Santos era um olho na caixa de isopor e outro, no palco: "Desde pequena eu curto o Olodum. Domingo de carnaval eu paro tudo pelo Olodum. Vou até Ondina, jogo tudo para cima, dinheiro, cerveja, caixa de isopor e vou atrás do trio".>
Alegrando corações, o Olodum levou o tambor para o meio do público e tocou sucessos como Rosa, É lindo de se ver, Requebra, Avisa lá e Vem meu amor. "O Olodum representa. Não tem uma banda que represente mais a cultura baiana", diz a advogada Leila Guevara que acompanhou o show até o fim, junto com o marido e fisioterapeuta, Alex Guevara: "É uma batida que não se explica. Uma coisa profunda, a gente não consegue parar de ouvir. O Olodum toca lá dentro", completa. >
Os ensaios do Olodum nos domingos de janeiro serão gratuitos. O primeiro acontece dia 7, no Pelourinho. Já no Carnaval, o bloco desfila de fantasia no domingo, na Barra. Nos outros dias de folia, a banda desfila sem cordas. "Esse ano o Olodum completará 45 anos e esse ano conseguimos patrocinadores e vamos fazer um carnaval para o povo. A corda oprime. Acho que é um presente do Olodum para esse povo que nos fez forte", afirma Lazinho, um dos vocalistas do grupo.>
O Projeto de cobertura Virada Salvador é uma realização do Jornal Correio com apoio institucional da Prefeitura Municipal de Salvador. >