A luta que Popó nunca precisou

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  • Ivan Dias Marques

Publicado em 17 de novembro de 2017 às 16:58

- Atualizado há um ano

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Quero começar esta coluna deixando claro todo o respeito que tenho por Acelino ‘Popó’ Freitas. Sem dúvida, um dos maiores esportistas nascidos na Bahia na história, tetracampeão mundial de boxe, sempre com uma bela postura como esportista e em suas entrevistas após ter pendurado as luvas. Recentemente, deu um enorme exemplo ao comentar sobre a homossexualidade de um dos filhos, tendo, novamente, uma postura a ser admirada e repetida. Talvez por isso, pelo tamanho que tem na história do esporte - não só do boxe - no país, pouco se entende o espetáculo constrangedor que aconteceu em Belém, no último sábado. Em sua despedida ‘oficial’ do boxe, Popó encarou o mexicano Gabriel ‘El Rey’ Martinez. Aos 42 anos, bem acima do peso, o baiano cometeu uma loucura, admitida até por ele. Martinez, 12 anos mais novo, começou a luta pior, mas estava muito mais pronto para um combate que Popó. No segundo assalto, o tetracampeão levou um knockdown, algo que havia acontecido em sua carreira profissional menos do que a quantidade de dedos de uma mão. O golpe ‘acordou’ Popó, que, mesmo acima do peso, mostrou esquiva e precisão, mas, obviamente, sem as mesmas velocidade e força de quando ostentava seus cinturões.  No entanto, no 6º round, o baiano levou nova saraivada de golpes e a luta só não acabou por boa vontade do árbitro. Em qualquer luta séria, o TKO tinha sido dado. O combate deveria ter 10 rounds, mas foi só a oito. E, ainda assim, a vitória de Martínez era clara em, ao menos, cinco deles. No entanto, os juízes laterais deram o triunfo a Popó de forma unânime, causando, com todo respeito, vergonha alheia em que assistia à luta pela TV. O baiano só não é o maior pugilista do país porque antes dele existiu uma lenda chamada Éder Jofre, talvez um dos 20 maiores da história do boxe mundial. Assim, Popó não precisava de uma despedida dessa. Podia ter parado definitivamente em 2012 quando bateu (em todos os sentidos) Michael Oliveira, 15 anos mais novo. Era o momento perfeito. Ainda que eu tenha todo o respeito por Popó, toda a decisão esportiva que um atleta (agora ex) como ele toma é passível de julgamento. E tenho certeza que fazer uma nova “luta de aposentadoria”, seja pelo adversário, pelo momento ou por suas condições físicas, não foi a melhor decisão que o baiano poderia ter tido. 

Doping Mais uma vez Anderson Silva foi pego num exame antidoping, ainda que a substância não tenha sido divulgada. A notícia faz o fã de MMA pensar que foi enganado durante anos e anos achando que estava vendo lutas limpas - ao menos, parte delas. Seu legado esportivo está seriamente comprometido, assim como sua posição como melhor lutador de MMA de todos os tempos. Triste fim de uma (ex-) lenda.   Copa Definidas as 32 seleções que estarão na Copa do Mundo de 2018, já começam a aparecer os palpites sobre os favoritos ao título mundial. Não vou pipocar! Por mais que tenhamos visto a evolução da Seleção Brasileira, creio que veremos a Alemanha ser bicampeã. No entanto, o favoritismo, muitas vezes, não vale de nada...

*Ivan Dias Marques é subeditor do Esporte e escreve às sextas-feiras