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Geovane Rocha, 22 anos, foi preso pela primeira vez cinco dias depois do crime, mas recebeu um alvará de soltura
Da Redação
Publicado em 18 de maio de 2017 às 10:52
- Atualizado há um ano
O jovem Geovane de Santana Rocha, 22 anos, foi preso mais uma vez nesta quinta-feira (18). Ele é acusado de matar o adolescente Claudson Alberto Silva Júnior, 15, durante um assalto, na Barra. O crime aconteceu quando a vítima chegava da escola, no dia 29 de março deste ano. Ele foi preso pela primeira vez cinco dias depois do crime, mas recebeu um alvará de soltura no dia 9 de maio. Na sexta-feira (12), o Ministério Público da Bahia ofereceu denúncia contra Geovane junto com o novo pedido de prisão feito pela polícia. Um adolescente também responde pelo crime. Geovane assumiu que participou do assalto (Foto: divulgação/ PC)O crimeO estudante Claudson Alberto Silva Júnior estava no portão do Edifício Guarujá, onde morava com a mãe, quando foi abordado por dois homens em uma motocicleta, por volta das 20h. O jovem voltava da escola e carregava uma mochila quando foi acuado pelos criminosos. Os bandidos exigiram que ele entregasse os pertences, mas o estudante reagiu.
'Deixou uma lição de amor', diz familiar de jovem morto na Barra em carta; leiaUm dos homens desceu da moto e tentou tirar a mochila à força da vítima. Os dois entraram em luta até que o assaltante sacou a arma e atirou três vezes contra Claudson. O estudante foi baleado duas vezes, no tórax e ombro, e caiu logo depois. O criminoso voltou para a moto e a dupla fugiu. O adolescente foi socorrido para o Hospital Geral do Estado (HGE), mas não resistiu aos ferimentos e morreu dois dias depois. A ação dos bandidos foi registrada por uma câmera de segurança.
No dia 3 de abril um adolescente de 17 anos foi apreendido suspeito de envolvimento no crime. Ele confessou a participação e informou que era Geovane quem estava com ele no dia do assalto. Dois dias depois, Geovane procurou a polícia e se entregou. Ele confessou o crime e disse que estava escondido na Ilha de Itaparica desde que tudo aconteceu. O suspeito também contou para os investigadores que foi o adolescente de 17 anos quem atirou na vítima. SolturaUm mês e quatro dias depois da prisão, a defesa de Geovane alegou que houve excesso no prazo para a conclusão do Inquérito Policial - a prisão temporária tem prazo de 30 dias. O advogado solicitou que o jovem respondesse ao processo em liberdade e a juíza Ailze Botelho Almeida Rodrigues acatou o pedido.
Na decisão, a magistrada substituiu a prisão por medidas cautelares preventivas. Geovane teria que comparecer em juízo todos os meses a partir do dia 10 de maio para informar sobre as atividades; ficou proibido de deixar Salvador sem autorização da justiça; nem frequentar bares, boates e festas de largo; e não pode ficar nas ruas entre às 19h e às 6h, de segunda à sexta-feira, e durante todo fim de semana. A polícia investiga a participação de Geovane em outros dois assaltos.