Dê uma chance ao gelo e à neve

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  • Ivan Dias Marques

Publicado em 9 de fevereiro de 2018 às 07:00

- Atualizado há um ano

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É madrugada. Ainda assim, é preciso abrir as janelas para ver se um vento passa e consegue secar um pouco do suor. Verão na Bahia, vocês sabem é sinal de muito calor, água gasta com banhos e ar-condicionado/ventilador no talo. Mas do outro lado do mundo, na Coreia do Sul, está todo mundo empacotado no frio negativo de PyeongChang.

É lá que acontecem desde de quarta (7) os Jogos Olímpicos de Inverno. Para nós, brasileiros, pensar em esporte no gelo ou na neve, com se dividem eles nos Jogos, é quase uma aberração. Por mais que tenhámos uma delegação - heroica, sempre - em PyeongChang, desta vez com dez atletas, a neve quando cai no Brasil é motivo de festa. Vira até atração turística. Assim, todos os brasileiros que estão na Coreia e os outros que praticam esse tipo de esporte treinam fora do país.

Voltando à madrugada, é nela que paro em frente à TV para acompanhar uma partida de curling. Desde Vancouver-2010 que me apaixonei pelo esporte curiosíssimo, que, em parte, lembra a bocha, tão comum no Sul/Sudeste do Brasil. Aos poucos, fui descobrindo que não sou o único. Se em 2010, as redes sociais era só um embrião, em Sochi-2014, já começaram a pipocar pessoas que também curtem o esporte.

Não vou me ater às regras. Apenas a escrever que o curling é bem divertido, assim como outros esportes na neve, como o snowboard - que já 'tentei' - e o salto com esqui. No gelo, o hóquei é pra quem gosta de gols e esporte de contato. Até demais. E ainda tem a beleza da patinação, que convenhamos, no gelo, é bem mais atraente que no piso de madeira dos Jogos de Verão.

Acho até que os Jogos de PyeongChang poderiam ter um pouco mais de atenção dos brasileiros se não fosse o Carnaval. Essa briga aí, não dá pra ganhar, realmente. Mas se você estiver de bobeira ou de ressaca, dê uma chance ao gelo, desta vez, fora do copo.

De cinema O Super Bowl consegue se superar a cada ano, incrivelmente. Se em 2017, promoveu uma virada espetacular do New England Patriots após um jogo praticamente perdido contra o Atlanta Falcons, neste ano, a final do futebol americano contou com uma história típica de cinema como enredo.

O Patriots, com Tom Brady, era favorito como tem sido por muitas há mais de uma década. Do outro lado, o Philadelphia Eagles tinha em Nick Foles a completa história de uma Cinderela. Reserva do então melhor jogador da temporada, Carson Wentz, o viu se machucar gravemente quando a equipe tinha a melhor campanha da NFL. Foles, que pensou em se aposentar durante as férias por não encontrar um time para defender, assumiu a posição de titular, levou a equipe ao Super Bowl e contra, talvez, o maior quarterback da história (Brady), fez uma partida monumental, sendo escolhido melhor jogador e levando o Eagles a um título inédito. Roteiro de filme pronto.

Melhor, só a festa na Philadelphia. Teve de tudo: boa parte dos postes foram derrubados, gente correndo nua, carros revirados, incêndio, gente se jogando no meio da galera e até comendo fezes de cavalo (eca!). Americano é mesmo um bihco estranho.

*Ivan Dias Marques é subeditor do Esporte e escreve às sextas-feiras