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Por Jairo Costa Jr, com Luan Santos
Da Redação
Publicado em 3 de dezembro de 2017 às 04:58
- Atualizado há um ano
Em busca dos 88 votos restantes para aprovar a reforma da Previdência, o presidente Michel Temer (PMDB) participará, hoje, de dois encontros com líderes partidários no Congresso e presidentes de legendas para negociar apoio à matéria. Parlamentares baianos que participam das conversas garantem que o governo já conta com 220 votos, mas precisa de 308 para conseguir a vitória na Câmara. A primeira reunião acontece no Palácio do Planalto, onde Temer oferecerá um almoço aos aliados. À noite, eles voltam a conversar em jantar na casa do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM). O principal objetivo de Temer é conseguir o apoio do PP, PR e PSD, que ainda não chegaram a um consenso. Cargos e recursos estarão na mesa.
Aviso Na última semana, Maia chegou a afirmar que a votação, marcada para a próxima quarta-feira, seria adiada, como forma de pressionar Temer. “Rodrigo acha que o governo está jogando para o Congresso a responsabilidade pela aprovação. Agora, devolveu a bola para Temer”, avalia um deputado que participa das negociações.
Sob análise Considerado por Rodrigo Maia fundamental para a aprovação da reforma, o PSDB ainda não fechou questão sobre a matéria. O deputado federal João Gualberto, presidente estadual da sigla, diz que o tema ainda é debatido internamente. “Eu entendo que é necessária, mas temos que cortar privilégios também. Não dá para cortar benefícios da classe trabalhadora e não cortar na própria carne”, avalia. Maia disse ser impossível aprovar a reforma sem os tucanos.
Olho na oportunidade Além de parlamentares governistas, o deputado federal Ronaldo Carletto (PP) conversa com três deputados estaduais da oposição para fortalecer o grupo que deve marchar com ele na disputa pela vaga na chapa majoritária. Preocupados com o desgaste do PMDB, os deputados Luciano Simões e David Rios abriram diálogo com Carletto, assim como Targino Machado (PPS), que pode deixar a legenda em busca de melhores condições para a reeleição. Targino, contudo, avisou que não se aliará ao governo. As conversas foram confirmadas pelo deputado Robinho (PP), líder da tropa de choque de Carletto, que deve migrar para o PR de olho no Senado.
Flexível Dentre as 70 contas de prefeituras de 2016 aprovadas pelo Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), pelo menos dez ultrapassaram o limite de gastos com pessoal, de 54% da receita. A irregularidade é apontada pelos prefeitos como principal causa de rejeição. A Corte tem sido flexível com despesas de até 60% com a folha e só reprova se os gestores tiverem cometido outras infrações, como deixar restos a pagar sem recursos em caixa.
Na berlinda Os prefeitos não veem flexibilidade. A queixa deles ganhou o apoio do presidente da Assembleia, Ângelo Coronel (PSD), que planeja, nos próximos dias, levar à frente a proposta de extinguir o TCM. O caso já é analisado pelo jurídico da Casa. Das 165 contas analisadas até agora, 95 foram rejeitadas. Metade ultrapassou os 54%."A senadora tem a cadeira, é bem avaliada não apenas no cenário estadual, mas também no nacional. Ela merece essa vaga", Marquinho Viana, deputado estadual, do PSB, ao Bocão News, ao defender a candidatura à reeleição da senadora Lídice da Mata na chapa majoritária do governador Rui Costa (PT) na disputa eleitoral do próximo ano.Pílula
Na Justiça A empresa MSM Consultorias e Projetos, vencedora da licitação para realizar o concurso da Câmara Municipal de Feira de Santana, entrou com uma ação contra a Casa para garantir a realização do certame. O presidente do Legislativo, José Carneiro (PSDB), havia cancelado o contrato com a MSM por ter encontrado suspeitas de fraudes em provas realizadas pela empresa.