Em nota, prefeito ACM Neto critica ação de manifestantes na região da Lapa

Por conta do protesto, a Transalvador fez desvio no trânsito

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  • Da Redação

Publicado em 10 de novembro de 2017 às 08:33

- Atualizado há um ano

O prefeito de Salvador, ACM Neto, criticou nesta sexta-feira (10), a ação de manifestantes que provocou transtornos principalmente na região da Estação da Lapa e do Dique do Tororó. “É inconcebível que 80 pessoas que vivem no passado impeçam que pessoas do bem possam trabalhar e que pais e mães possam levar seus filhos à escola, ao médico ou simplesmente ao lazer”, disse o prefeito, em nota. 

Só depois de três horas e meia de protesto contra as reformas da previdência e trabalhista, manifestantes liberaram a rotária que liga o Dique do Tororó à Lapa. O bloqueio começou por volta de 6h20.

De acordo com ACM Neto, os manifestantes que fecharam parte do acesso à Estação da Lapa jogam contra Salvador. “São pessoas que sempre viveram das benesses dos sindicatos e nunca trabalharam. Ainda bem que a maioria absoluta da população de Salvador sabe diferenciar muito bem os baderneiros e os que trabalham pelo crescimento da cidade.”

Por conta do protesto, o trânsito ficou congestionado no Vale dos Barris, Dique do Tororó sentido Lapa e vias do bairro de Nazaré. Para reduzir os impactos causados pelo protesto, a Transalvador realizou operação especial de desvio de tráfego.

Equipes de trânsito desviaram o tráfego nas proximidades da Arena Fonte Nova e na Av. Vasco da Gama, no acesso à Praça João Mangabeira (Rótula dos Barris). Veículos tiveram como rotas alternativas seguir da Vasco da Gama para a Av. Anita Garibaldi, Vale do Canela, Mário Leal Ferreira (Bonocô) e Comércio.

Dia de paralisações Os trabalhadores que aderiram ao movimento cruzaram os braços no início da manhã. Por volta das 9h30, parte deles sairam do Campo Grande, em direção ao Tribunal Regional do Trabalho da Bahia (TRT-BA), e à sede da Previdência Social, ambos no bairro do Comércio.

Sindicatos de todo os país foram convocados para aderir à mobilização no Dia Nacional de Paralisações, organizada pela própria CUT. Na Bahia, a manifestação reúne diferentes categorias profissionais, que ameaçaram paralisar totalmente as atividades ou aderir parcialmente à manifestação. 

Segundo os organizadores do movimento, o objetivo é protestar 'contra retrocessos do governo Michel Temer'. Eles citam a reforma trabalhista, que entra em vigor neste sábado (11), além das mudanças planejadas para a Previdência, em análise no Congresso, e o decreto publicado pelo Ministério do Trabalho que modifica a definição de trabalho escravo e deixa nas mãos do ministro a inclusão de empresas na "lista suja" - ou seja, aquelas que desrespeitam os direitos dos trabalhadores.