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Gilberto Barbosa
Publicado em 2 de julho de 2025 às 20:29
A Banda de Música da Guarda Civil Municipal de Salvador (GCM) abriu os trabalhos do XXXIV Encontro de Filarmônicas, no Largo do Campo Grande. Sob a regência do maestro Fred Dantas, bandas de todo o estado se reuniram na apresentação, realizada nesta quarta-feira (2). >
“O 2 de Julho é um marco na história da identidade e liberdade do povo brasileiro. Precisamos passar esse conhecimento para que as próximas gerações reconheçam a importância dessa data e valorizem a nossa nação e o nosso povo”, exaltou a professora Kátia França. >
Além da banda da GCM, subiram ao palco a Banda Filarmônica da Ufba, a Sociedade Filarmônica 13 de Junho de Paratinga, a Filarmônica Euterpe Lapense de Bom Jesus da Lapa, a Filarmônica 5 de Março de Muritiba e a anfitriã Oficina de Frevos e Dobrados. >
As irmãs Maria Helena e Sofia Alice subiram ao palco durante a apresentação da banda da GCM. Elas levaram uma reflexão sobre a importância do hino como ferramenta de memória e falaram sobre a necessidade de valorizar os heróis da Independência. >
“Interpretar um hino é uma forma de reviver todos os sacrifícios feitos por figuras tão emblemáticas como Maria Quitéria e Maria Filipa. Conhecer o hino é muito mais do que um ato cívico. É cidadania e é parte imprescindível para valorizarmos todas as vidas perdidas em prol da democracia que vivemos atualmente”, afirmou Maria Helena. >
O show encerrou a programação do dia 2. Antes, as imagens do Caboclo e da Cabocla chegaram no Largo do Campo Grande às 16h. Sob aplausos do público, os símbolos foram deixados no local onde ficarão até o próximo sábado (5), quando retornam ao Pavilhão 2 de Julho, no Largo da Lapinha. >
Após a chegada das imagens, as bandeiras de Salvador, da Bahia e do Brasil foram hasteadas pelo prefeito da capital Bruno Reis (União Brasil), pela presidente da Assembleia Legislativa da Bahia (Alba) Ivana Bastos (PSD) e pelo governador Jerônimo Rodrigues (PT). Em seguida, coroas de flores foram depositadas no Monumento ao 2 de Julho por representantes dos poderes estaduais, municipais e das Forças Armadas. >
“Esse é mais um ato para preservar, referendar e agradecer a importância desta data para todos nós, baianos e brasileiros. O 2 de Julho é muito mais do que a independência da Bahia, é a consolidação da independência do Brasil e um momento para prestarmos homenagem para heróis como Joana Angélica, Maria Filipa e tantas outras pessoas que se dedicaram para tornar o nosso país independente”, afirmou o prefeito Bruno Reis. >
“A oferta da coroa de flores ao caboclo, simboliza o nosso reconhecimento para aquelas pessoas que lutaram e que batalharam pela independência do Brasil”, disse o governador Jerônimo Rodrigues. >
O encerramento ficou a cargo do mestre de capoeira Tonho Matéria, que acendeu a pira do Fogo Simbólico no Largo do Campo Grande. “É um momento muito significativo para mim. Valeu a pena termos a existência de Zumbi, do quilombo, da capoeira e de tudo aquilo que nos alimenta e nos dá possibilidades. Esse ato também simboliza que o jovem que vem de comunidade carente é capaz de chegar nesses lugares e transformá-los”, celebrou Tonho. >
O cortejo saiu da Praça Thomé de Souza no início da tarde e contou com uma breve parada na sede do Instituto Geográfico e Histórico da Bahia (IGHB), na Praça da Piedade. A instituição é guardiã do Pavilhão 2 de Julho, no Largo da Lapinha, onde estão os dois principais símbolos da Independência: o Caboclo e a Cabocla. >
Além do desfile, quem ficou pelo trajeto pôde acompanhar apresentações das bandas marciais da Polícia Militar, do Corpo de Bombeiros e de fanfarras de diversas regiões da Bahia. Também participaram as bandas de escolas municipais e estaduais da capital, que participarão da terceira edição do Festival de Fanfarras e Balizadores, no dia 12.>