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Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2018 às 21:39
- Atualizado há 2 anos
A startup brasileira Nubank, conhecida pelo seu cartão de crédito roxo, anunciou esta semana que recebeu uma rodada de investimentos de US$ 180 milhões da chinesa Tencent, uma das maiores empresas de tecnologia do mundo. De acordo com o site americano 'The Information', que antecipou a notícia, o investimento faz o Nubank ser cotado em US$ 4 bilhões, tornando-se a maior startup de capital fechado da América Latina.>
Segundo as companhias, US$ 90 milhões serão investidos diretamente na empresa, enquanto outros US$ 90 milhões serão utilizados pela asiática para comprar participação de outros acionistas do unicórnio brasileiro. Unicórnio é como startups com avaliação de mercado acima de US$ 1 bilhão são chamadas. Ao todo, a chinesa Tencent deve ter uma fatia de cerca de 5% dentro do Nubank. >
Fundado em 2013, pelo colombiano David Vélez, o Nubank tem registrado crescimento expressivo nos últimos meses: há duas semanas, divulgou ter 5 milhões de clientes em seu cartão de crédito controlado por aplicativo, 20% mais do que tinha em fevereiro. Além disso, a empresa também tem 2,5 milhões de usuários em sua conta bancária digital, a NuConta, lançada há cerca de um ano. >
"O projeto do Nubank é ser um banco digital completo. Uma avaliação de mercado de US$ 4 bilhões é condizente com o potencial da empresa", avalia Guilherme Horn, diretor executivo de inovação da consultoria Accenture. Na visão do especialista, os números atuais do Nubank o credenciam como um dos maiores bancos digitais do mundo, mesmo atuando apenas no Brasil - em entrevista recente, David Vélez negou ter planos de expansão para a América Latina no curto prazo. >
Já para o presidente da Associação Brasileira de Startups (ABStartups), Amure Pinho, o investimento mostra a força do ecossistema brasileiro de startups, mesmo em meio à crise. "É um sinal de que nosso mercado consumidor interno tem apetite", afirma ele, ressaltando que o investimento ajudará o Nubank a brigar de frente com as instituições bancárias tradicionais brasileiras. "A empresa tem tudo para ser a maior emissora de cartões do país em breve.">
Acelere[se]>
Na Bahia, uma das 8 startups que participam do Desafio de Inovação Acelere[se], promovido pelo CORREIO e pela aceleradora Rede+ dentro da Programação do Fórum Agenda Bahia 2018, pode se transformar no primeiro Unicórnio do estado. >
Iniciado em 03 de agosto e com prazo para terminar em 07 de novembro, o Acelere[se] é um programa de 12 semanas de mentorias e capacitações especializadas para acelerar as 8 empresas participantes. O evento tem o objetivo de estimular o desenvolvimento do ecossistema de inovação da Bahia a partir do crescimento das startups.>
ASSISTA AO 1º EP. DA WEBSÉRIE DO DESAFIO ACELERE[SE]>
Em agosto, os oito representantes de cada startup realizaram um pitch (apresentação relâmpago) no seminário Sustentabilidade do Agora, o primeiro da programação deste ano do Agenda Bahia. No dia 7 de novembro, durante o seminário Humanize-se, eles farão um novo pitch para potenciais investidores, demonstrando o crescimento obtido durante o programa.>
As mentorias acontecem a cada duas semanas, na sede da Rede+, aceleradora que é parceira do CORREIO na realização do Desafio Acelere[se], entre um representante de startup e um mentor, em encontros que duram uma hora. Cada mentoria tem um tema definido e alinhado com as capacitações que foram feitas ao longo da semana.>
Para os empresários participantes, além do networking, o programa vem auxiliando suas startups no desenvolvimento de estratégias de marketing e de modelo de negócios, expansão de fornecedores e tração de vendas, entre outros ganhos.>
O Desafio de Inovação Acelere[se] é oferecido pelo Fórum Agenda Bahia 2018, com apoio institucional da Rede Bahia e realização do CORREIO e Rede+.>
CONHEÇA AS 8 STARTUPS DO DESAFIO ACELERE[SE]>
Destino>
Em comunicado divulgado à imprensa, o presidente executivo do Nubank, David Vélez, ressaltou que a empresa não "precisava de mais capital neste momento" - em fevereiro, a startup recebeu um aporte de US$ 150 milhões do fundo DST Global. "Já geramos caixa operacional desde o ano passado, mas não poderíamos deixar passar a oportunidade de ter a Tencent conosco." Para especialistas ouvidos pelo jornal o Estado de S. Paulo, a troca de conhecimento com a chinesa será o principal ganho do Nubank na operação. >
"Os chineses têm um grande conhecimento para fazer negócios ganharem escala", diz Horn, da Accenture. "Além disso, mudanças que já estão maduras na China ainda não aconteceram aqui, como toda a revolução na área de pagamentos." >
É um setor que a chinesa tem experiência: hoje, é dona do WePay, um dos serviços de pagamentos móveis mais populares do mundo. Ele funciona dentro do WeChat, espécie de WhatsApp chinês, utilizado por mais de 1 bilhão de pessoas atualmente. Além disso, a Tencent também tem participações em empresas como Tesla, Snap e o aplicativo de transportes Didi. Avaliada em US$ 360 bilhões, a chinesa também é dona da Riot, produtora do sucesso dos games League of Legends.>
*Com Agência Estado>