Assine

Pressões do governo sobre empresas motivaram permanência de Carletto no PP


 

Por Luan Santos

  • Da Redação

Publicado em 11/04/2018 às 05:00:00
Atualizado em 18/04/2023 às 06:56:07
. Crédito: .

Pressões feitas por integrantes da alta cúpula do governo do estado foram cruciais para que o deputado federal Ronaldo Carletto decidisse permanecer no PP. O  parlamentar cogitava migrar para o PR durante a janela partidária para disputar uma  vaga na chapa majoritária do governo ou da oposição, mas desistiu alguns dias antes  do término do prazo para a troca de agremiação. Integrantes do governo revelaram  à Satélite que foram feitas pressões sobre as empresas de transporte de Carletto,  inclusive com a ameaça de "flexibilização" das fiscalizações sobre os veículos  clandestinos, o que traria prejuízos para as corporações do deputado. Outros temas  de interesse da atividade empresarial do pepista também estiveram na mesa de  negociações. Carletto, então, optou pela empresas e desistiu da mudança, ainda de acordo com governistas ouvidos pela coluna.

Nova derrota A Justiça manteve a decisão de anular a votação da Câmara Municipal de Remanso que arquivou denúncias oferecidas pelo Ministério Público estadual (MP) contra seis vereadores e dois suplentes por crimes de organização criminosa e peculato. Eles são acusados de envolvimento em um esquema que desviou quase R$ 10 milhões dos cofres municipais.

Aberto ao diálogo O deputado federal João Gualberto (PSDB), pré-candidato ao governo do estado, vai  se reunir hoje com o presidente nacional do partido, Geraldo Alckmin, postulante ao  Palácio do Planalto. Na pauta estão as eleições nacionais e na Bahia. Gualberto também pretende  conversar, ao longo da semana, com líderes partidários no estado.

Retificação CORREIO errou ao publicar que o deputado estadual Marquinho Viana migrou do  PSB para o PR. A informação foi veiculada na edição de ontem na matéria intitulada  “19 deputados trocam de partido na janela”. Viana, que tem ligação com o deputado  federal José Rocha (PR), integrava as negociações pela manutenção dos  republicanos na base governista e chegou a acertar a mudança, mas voltou atrás.

Nos acréscimos A definição sobre a permanência dele só saiu perto da meia-noite da última sexta-feira, quando se encerrava o prazo para a troca de agremiação, após longa reunião com integrantes do PSB. Como o PR já sinalizava por ficar na base do governo, Viana optou por seguir no partido. A ida dele seria um atrativo para a permanência do PR.