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Funcionário envolvido em caso de racismo é afastado pelo Brusque


 

Clube anunciou medidas adotadas após integrante da delegação ofender Celsinho, do Londrina

  • Da Redação

Publicado em 03/09/2021 às 20:03:00
Atualizado em 22/04/2023 às 14:45:10
. Crédito: Gustavo Oliveira/Londrina Esporte Clube

Passada quase uma semana do caso do xingamento racista dirigido ao meia Celsinho, do Londrina, em jogo da Série B do Campeonato Brasileiro, o Brusque resolveu adotar duas medidas a respeito do episódio.

O clube catarinense informou nesta sexta-feira (3) que afastou o integrante da delegação acusado por Celsinho de racismo e prometeu instalar câmeras para monitorar e captar o áudio das arquibancadas do estádio Augusto Bauer.

Em nota publicada nas redes sociais, o Brusque disse que o membro do estafe do clube acusado de ofensas racistas foi afastado "por prazo indeterminado das atividades do clube até a integral e devida apuração dos fatos". O clube catarinense afirmou que apura "todos os fatos por meio de seu departamento jurídico para que sejam tomadas todas as medidas cabíveis".

Na súmula da partida entre Brusque e Londrina, disputada no último sábado (28), o árbitro Fábio Augusto Santos Sá Junior deixou registrado que Celsinho "informou ao quarto árbitro que foi ofendido com as seguintes palavras: 'vai cortar esse cabelo seu cachopa de abelha'". De acordo com o que consta no documento, a pessoa foi identificada como membro da delegação do Brusque.

Na última terça-feira (31), o Londrina publicou um vídeo nas redes sociais em que é possível ouvir o xingamento "macaco" durante o jogo contra o Brusque. O clube paranaense usou o conteúdo para rebater a equipe catarinense que, em um primeiro momento, chamou Celsinho, que denunciou ter sido vítima de racismo, de "oportunista" por meio de nota. Depois, o time de Santa Catarina pediu desculpas em um novo comunicado.

Antes de Brusque x Londrina, Celsinho já havia sido alvo de ofensas racistas em outras duas partidas, contra o Goiás e, uma semana depois, diante do Remo, ambos em julho. Nos dois casos, os xingamentos partiram de profissionais de emissoras de rádio durante as transmissões dos confrontos.

Nesta sexta-feira (3), Celsinho prestou depoimento no Ministério Público do Paraná (MP-PR), em Londrina, e registrou um boletim de ocorrência sobre o episódio em Santa Catarina.