Assine

Bahia muda peças, mas defesa continua sendo dor de cabeça do time


 

Tricolor levou gols em 13 dos 17 jogos que fez em 2022

  • Gabriel Rodrigues

Publicado em 01/04/2022 às 05:00:00
. Crédito: Foto: Rafael Machaddo/EC Bahia

Depois de ganhar de maneira forçada quase três semanas livres por conta das eliminações nas primeiras fases da Copa do Nordeste e do Campeonato Baiano, o Bahia tem muito o que corrigir se quiser ter sucesso na principal competição do ano e conquistar o acesso à Série A. Entre as principais preocupações dos tricolores na Série B está o sistema defensivo. 

Não é de hoje que a defesa tem sido o ‘calcanhar de Aquiles’ do Esquadrão. No primeiro trimestre de 2022, a fragilidade na hora de se defender voltou a ficar evidente. Basta observar os números. O time foi vazado pelos adversários em 13 dos 17 jogos que disputou até aqui. Apenas Doce Mel, Globo, Sampaio Corrêa e Vitória da Conquista não conseguiram balançar as redes do tricolor.

A equipe levou 20 tentos em 17 partidas, uma média de 1,18 gols sofridos por jogo. Foram nove bolas na rede apenas na primeira fase do Campeonato Baiano, competição na qual o Bahia amargou a sexta colocação geral e não conseguiu sequer chegar às semifinais, algo que não acontecia desde a temporada 2003. 

Os problemas defensivos têm sido algo recorrente no clube. No ano passado, o Bahia foi rebaixado com a segunda pior defesa entre as 20 equipes do Brasileirão. Junto com o Grêmio, sofreu 51 gols em 38 partidas. Apenas a lanterna Chapecoense foi vazada mais vezes e encerrou o torneio com a marca de 67 tentos tomados. 

Uma temporada antes, em 2020, o Bahia também ficou entre os piores da Série A no quesito. Mesmo se salvando da degola nas rodadas finais, o tricolor foi o terceiro time que mais levou gols, com 59 bolas na rede, superando apenas os rebaixados Botafogo (62) e Goiás (63). 

Por isso, o técnico Guto Ferreira vai ter que arranjar uma solução para “fechar a casinha” se quiser ficar entre os quatro times que conquistam o acesso à elite do futebol brasileiro. Além do encaixe no sistema, a mudança passa pela melhora de algumas peças do setor defensivo. 

SEM SEQUÊNCIA Esse ano, o Bahia fez contratações para a defesa, mas nem todo mundo conseguiu se firmar. Nas laterais, por exemplo, Jonathan, que chegou com a missão de substituir Nino Paraíba, não agradou e perdeu espaço depois de apenas quatro jogos. Do lado esquerdo, Djalma Silva também não correspondeu e passou a ser opção no banco de reservas. 

No miolo de zaga, Guto ainda não encontrou o parceiro ideal para Luiz Otávio. Gustavo Henrique, Ignácio e Henrique foram testados, porém todos cometeram falhas e ainda não passaram a segurança que se espera. 

Até mesmo no gol o Bahia mostrou deficiência. Na ausência do titular Danilo Fernandes, de fora desde fevereiro por causa do atentado ao ônibus do clube, Matheus Teixeira foi alçado ao posto de camisa 1. Também cometeu falhas e foi substituído por Mateus Claus.   Para amenizar o problema, o tricolor acertou as contratações do goleiro César, que foi formado no Flamengo e estava livre no mercado desde janeiro, e do zagueiro Didi, que defendeu o Juventude na Série A do ano passado e esse ano atuou pela Ferroviária no Campeonato Paulista.

A dupla já está integrada ao elenco tricolor e vem treinando no CT Evaristo de Macedo.  A estreia na Série B está marcada para o dia 8 de abril, contra o Cruzeiro, às 21h30, na Arena Fonte Nova.