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Da Redação
Publicado em 31 de março de 2020 às 14:48
- Atualizado há um ano
A sociedade passou a viver dias turbulentos, crianças não brincam mais nas ruas, adultos saem assombrados para trabalhar ou ficam cativos em suas residências. Um inimigo invisível que questiona a hegemonia da humanidade em muitos aspectos, talvez seja a natureza indagando e afirmando: “O que vocês estavam fazendo? Onde vocês queriam chegar? A partir de agora, recomecem, evoluam!”
Em 2020, um parasita que surgiu no final do ano anterior oriundo da exploração do homem à natureza, mostrou que não rompeu apenas a barreira biológica, mas colocou em ascensão a ideia de que fazemos parte de um sistema fechado ou comumente conhecido como o meio ambiente, que não difere pessoas ou condições. Quando um toque da infecção que iniciou em Wuhan, China, alcançou dias depois, por exemplo, o interior de uma pequena cidade nordestina aqui no Brasil. Do outro lado do mundo? O mundo tem lado ou somos um grande organismo vivo?
Os governos mundiais, dentro da obviedade, têm trazido à tona discussões sobre saúde x economia, colocando-as em polos distintos. Pensadores contemporâneos reafirmam em suas crônicas a maturidade do que é mais importante. Então, desse modo, mais uma vez o microrganismo venceu.
A alta eficiência do contágio faz com que cientistas calculem a tal curva, objetivando as próximas tomadas de decisões, trazendo assim algo que nos diferencia de outras espécies, o planejamento.
Tomados por culpa, mesmo não tendo culpa alguma, estamos reaprendendo o que é planejar, sendo base a crítica e convicção do que de fato é necessário, momentaneamente para sobrevivermos e logo após para continuarmos vivendo. Com o atual isolamento, uma pessoa com muitas joias em casa tem alguma vantagem sobre alguém que tem uma simples bijuteria no seu armário? Mas e depois, ainda fará diferença? A aplicação do consumo consciente deverá ser elevada, embora o progresso da conscientização humana não tenha caráter restritivo em detrimento de boas práticas morais.
A reconstrução de um mundo melhor, que não é mais uma simples fábula, seguirá princípios de métodos empíricos ou científicos, utilizando de modo sustentável os recursos naturais em benefício das pessoas. Isso é engenharia. No entanto, é trivial afirmar que tais aplicações deverão coexistir com a reeducação em vários níveis de aprimoramento. Entretanto, agora, dentro do cativeiro social, se pergunte: Onde eu quero estar daqui a dois ou cinco anos?
Diego Marinho é engenheiro Sanitarista e Ambiental - CEO da empresa DLM Soluções Ambientais.
Opiniões e conceitos expressos nos artigos são de responsabilidade dos autores