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Hagamenon Brito: Vamos deixar de fazer baianada?

  • Foto do(a) author(a) Hagamenon Brito
  • Hagamenon Brito

Publicado em 14 de março de 2014 às 09:12

 - Atualizado há 2 anos

As qualidades de Salvador e  seu povo são muitas. Não por acaso, apenas o Rio de Janeiro rivaliza com a capital baiana na condição de cidade mais louvada e cantada na história da MPB. Os nossos defeitos, porém, também são muitos. Um deles é a fama (justificada) de que prestamos serviços ruins, que nosso atendimento ao consumidor deixa muito a desejar.

No Carnaval, por exemplo, isso mais uma vez foi um problema para milhares de pessoas que foram para a folia e precisaram pegar táxi na hora de voltar para casa ou para seus hotéis. De acordo com a Setur (Secretaria de Turismo do Estado da Bahia), mais de 60% das queixas feitas no aplicativo Reclame Turismo foram direcionadas aos motoristas de táxi que trabalharam no circuito.

Destacaram-se ocorrências como a recusa de fazer corridas para bairros próximos do local da abordagem, o não uso do taxímetro e a cobrança de valores considerados abusivos pelos consumidores. Nas redes sociais pipocaram registros semelhantes, de faceworldiano reclamando que o taxista pediu R$ 70 para levá-lo, na madrugada, de Ondina ao Rio Vermelho.

Esta semana, conversando com um taxista que condena tais práticas, ele me disse que viu colegas se gabando de ter faturado R$ 800 por dia durante o Carnaval, falando que quem usa taxímetro em Carnaval é trouxa.

É uma mentalidade estúpida e prejudicial à vida dos baianos e turistas (550 mil visitaram Salvador no Carnaval), que ajuda a perpetuar a fama que temos de maus prestadores de serviços. Seria interessante que, além de implantar mudanças para tornar o Carnaval de Salvador mais atraente e mais acessível, a prefeitura também investisse em campanhas educativas para que os prestadores de serviços tratassem com respeito e profissionalismo os turistas (que gastaram R$ 1 bilhão este ano na festa) e o próprio consumidor baiano, claro.

Em muitos aspectos, Salvador parece ter medo de crescer e se tornar adulta em civilidade, o que também inclui o hábito secular que o soteropolitano tem de fazer xixi na rua. Temos de encarar nossos defeitos de convívio em coletividade, pois só assim, procurando resolvê-los, vamos amenizar também os problemas cotidianos de uma cidade de quase três milhões de pessoas.

Chega de fazer baianada.