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Livros didáticos e sistemas apostilados de ensino disputam, mas têm semelhanças

Uma das críticas ao modelo de apostilas é a falta de uma lei que regulamente os materiais

  • Foto do(a) author(a) Thais Borges
  • Thais Borges

Publicado em 10 de agosto de 2024 às 11:00

Livros didáticos
Livros didáticos Crédito: Shutterstock

A disputa entre livros didáticos e sistemas apostilados de ensino não é recente e nem parece que terá um fim tão cedo. Enquanto os livros são submetidos a uma legislação específica, por meio do Programa Nacional do Livro Didático (PNLD), do Ministério da Educação (MEC), os sistemas não precisam ser avaliados.

Isso provocou preocupação em pedagogos especialmente após o crescimento dos apostilados - de diferentes marcas e autorias - crescerem também nas redes públicas, nos últimos 15 anos. "Claro que eles devem seguir o currículo nacional, mas, fora isso, eles fazem como acham melhor. Então, conforme foram entrando nas redes públicas, foram surgindo questionamentos", diz a presidente da Associação Brasileira dos Autores de Livros Educativos (Abrale), Cecília Condeixa.

No caso do ensino médio, ela pondera que há especificidades. Além disso, a rede privada tem autonomia para fazer essas escolhas. "Em 2021, teria a implantação do Novo Ensino Médio. Em 2021, o programa (PNLD) apresentou livros completamente diferentes e que, em grande parte, foram rejeitados. Não sei até que ponto as grandes editoras ofereceram esses materiais para as escolas (privadas) e se houve algum tipo de rejeição. Porque, de fato, eram muito diferentes do que vinha antes". Uma nova lei para o Ensino Médio foi aprovada no Congresso em julho.

Já o professor Ivair Fernandes, do IFSP, pondera que, apesar do apelo publicitário de que apostilas seriam superiores, pesquisas têm demonstrado que a qualidade do conteúdo é a mesma dos livros didáticos. Além disso, o fato de não serem atualizados todos os anos traz outro aspecto dos livros - eles são reutilizáveis e podem ser usados, em média, por três anos.

Segundo ele, apostilas seriam descartáveis, uma vez que são feitas para um único aluno em um único ano letivo. "Uma última diferença é o fato de que as apostilas apresentam uma maior rigidez na divisão dos conteúdos em unidades e em aulas", acrescenta.

Uma das críticas às apostilas é de que elas dariam menos possibilidade de autoria aos professores. Mas essa autonomia é relativa, segundo o pesquisador Edimar Silva, uma vez que as instituições têm objetivos específicos. "Se o professor tem formação continuada, não vai se limitar ao que o sistema oferece. Ele vai além e vai adaptar à realidade dos alunos".