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'Primo oral do Mounjaro': novo comprimido tem resultados melhores que semaglutida oral

Orforgliprona registrou melhores índices de redução de hemoglobina glicada e maior redução de peso

  • Foto do(a) author(a) Thais Borges
  • Thais Borges

Publicado em 17 de setembro de 2025 às 10:01

Comprimido é da classe dos medicamentos agonistas do GLP-1
Comprimido é da classe dos medicamentos agonistas do GLP-1 Crédito: Imagem gerada por IA

Chamado de ‘primo oral do Mounjaro’, o comprimido orforgliprona foi avaliado como mais eficaz do que a semaglutida oral. Esse é um dos resultados do estudo Achieve-3, divulgado pela Eli Lilly and Company nesta quarta-feira (17). A orforgliprona tanto reduziu mais a dose de hemoglobina glicada quanto teve maior registro de perda de peso média em comparação ao outro medicamento.

A orforgliprona é uma pequena molécula (não peptídica) agonista do receptor do peptídeo semelhante ao glucagon-1 (GLP-1) oral. O glucacon, por sua vez, promove a sensação de saciedade e retarda o esvaziamento gástrico. O remédio é experimental, de dose única diária e pode ser tomado a qualquer hora do dia sem restrições de alimentos e água.

No caso do Achieve-3, o estudo clínico era de fase 3, randomizado e aberto, para avaliar tanto a segurança quanto a eficácia do compromisso numa comparação direta com a semaglutida oral administrada de acordo com as instruções presentes em bula. Participaram 1.698 adultos com diabetes tipo 2 que não apresentaram controle adequado da doença com o uso da metformina. Ao todo, a pesquisa durou 52 semanas e analisou o uso das doses de 12 mg e 36 mg da orforgliprona com as concentrações de 7 mg e 14 mg semaglutida oral. A avaliação foi focada em observar o controle glicêmico e a perda de peso.

Em 52 semanas, a orforgliprona atingiu o desfecho primário e todos os desfechos-chave secundários em cada comparação de dose versus semaglutida oral, chegado aos resultados considerados melhores na hemoglobina glicada e no peso.

“Estudos head-to-head são o padrão ouro para comparar tratamentos potenciais”, afirmou o vice-presidente executivo e presidente de Saúde Cardiometabólica da Lilly, Kenneth Custer, Ph.D. “Neste ensaio de diabetes tipo 2, a orforgliprona, mesmo em sua dose mais baixa, superou ambas as doses de semaglutida oral na redução da hemoglobina glicada. Na dose mais alta, a orforgliprona ajudou quase três vezes mais participantes a atingir níveis de açúcar no sangue próximos ao normal em comparação com a dose mais alta de semaglutida oral. Esses resultados, combinados à apresentação oral, uma vez ao dia da orforgliprona e sua ampla escalabilidade, reforçam seu potencial para o controle da diabetes tipo 2.”

Pelo desfecho primário de superioridade, a reduzindo a hemoglobina glicada com a orforgliprona ficou entre 1,9% (12 mg) e 2,2% (36 mg). Em comparação, a semaglutida oral alcançou 1,1% (7 mg) e 1,4% (14 mg) no mesmo período. Já no desfecho secundário, 37,1% das pessoas que tomaram a dose mais alta de orforgliprona atingiram uma hemoglobina glicada <5,7% em comparação a 12,5% que tomaram a dose mais alta de semaglutida oral.

Entre os desfechos-chave secundários adicionais, estão os resultados quanto à perda de peso. Pacientes com uso de orforgliprona perderam em média 6,6 kg (6,7%; 12 mg) e 8,9 kg (9,2%; 36 mg). Por sua vez, os que estavam usando semaglutida oral perderam 3,6 kg (3,7%; 7 mg) e 5 kg (5,3%; 14 mg). Assim, a perda de peso relativa de 73,6% maior na comparação da dose mais alta. A orforgliprona também registrou melhorias clinicamente significativas em fatores de risco cardiovascular chave, incluindo colesterol não-HDL, pressão arterial sistólica e triglicerídeos.

Por outro lado, os efeitos adversos mais frequentes entre os participantes foram ligados ao trato gastrointestinal, com gravidade leve a moderada. No entanto, mais pacientes com orforgliprona tiveram o tratamento descontinuado por efeitos adversos foram 8,7% (12 mg) e 9,7% (36 mg) das pessoas contra 4,5% (7 mg) e 4,9% (14 mg) dos que usaram semaglutida oral. A farmacêutica ponderou, contudo, que o estudo não foi projetado para analisar a segurança e tolerabilidade da orforgliprona e da semaglutida oral. Nenhum sinal de segurança hepática foi observado para a orforgliprona.