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Elaine Sanoli
Publicado em 8 de outubro de 2025 às 20:05
A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Assembleia Legislativa da Bahia (Alba) se reuniu na manhã desta quarta-feira (8) para discutir se mantém ou não a prisão do deputado estadual Binho Galinha (PRD). Uma nova reunião foi iniciada no final da tarde, por volta das 17h, mas a decisão final só será emitida na próxima sexta-feira (10).
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No primeiro momento, os advogados de Binho, Gamil Föppel e Robson Oliveira, foram ouvidos pelo colegiado para apresentação dos argumentos de defesa. Föppel e Oliveira alegaram que a prisão preventiva de Binho é inconstitucional, uma vez que viola a regra que proíbe a prisão preventiva de parlamentares. Os profissionais argumentaram ainda que não há flagrante, que o juízo é incompetente para julgamento do caso e que não houve tentativa de fuga por parte do investigado.>
Binho Galinha
Após a explanação, os deputados integrantes da comissão decidiram, por unanimidade, realizar uma nova reunião extraordinária às 17h. O encontro, restrito aos membros do colegiado, seguia até a noite desta quarta-feira. A decisão será decretada apenas na sexta.>
Binho Galinha foi preso na última sexta-feira (3) ao se entregar ao Ministério Público da Bahia (MP-BA) em Feira de Santana. Ele foi conduzido para Salvador, onde está custodiado. O parlamentar estava foragido desde o dia 1º d e outubro, quando foi deflagrada a operação Estado Anômico. A defesa nega que ele tenha cometido crimes e diz que Binho Galinha colabora com as investigações.>
Binho Galinha é apontado como líder de organização criminosa com atuação principalmente na região de Feira de Santana. Segundo investigações das operações 'El Patrón' e 'Estado Anômico', o grupo é responsável por delitos como lavagem de dinheiro, obstrução da justiça, jogo do bicho, agiotagem, receptação qualificada, comércio ilegal de armas, usurpação de função pública, embaraço a investigações e tráfico de drogas.>