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Bahia bate recorde de trabalhadores, mas ainda tem a 3ª maior taxa de desemprego do Brasil

Desemprego chegou ao menor nível da história recente no estado

  • Foto do(a) author(a) Carol Neves
  • Carol Neves

Publicado em 14 de novembro de 2025 às 10:52

Pessoas andando na rua
Pessoas andando na rua Crédito: Agência Brasil

A Bahia encerrou o 3º trimestre de 2025 com sinais de melhora no mercado de trabalho: mais gente ocupada, menos pessoas procurando emprego e renda em alta. Entre julho e setembro, o rendimento médio mensal chegou a R$ 2.278, uma leve melhora em relação ao trimestre anterior (+3,3%) e ao mesmo período do ano passado (+5,6%). Apesar do avanço, o estado ainda tem o segundo menor valor do país, acima apenas do Maranhão.

Em Salvador, o ganho médio habitual ficou em R$ 3.251, alta de 3,8% na comparação trimestral. No acumulado de um ano, o crescimento foi de 12,7%, mas a capital segue entre os menores rendimentos do país, à frente apenas de Manaus, Maceió e Rio Branco. Na Região Metropolitana, a renda média chegou a R$ 3.025, também com crescimento nas duas comparações.

O aumento da renda acompanha a expansão do dinheiro movimentado pelo trabalho: a massa de rendimento no estado alcançou R$ 14,63 bilhões, subindo 4,6% em relação ao trimestre anterior e 11,1% frente a 2024.

Autônomos e setor público puxam alta da ocupação

O número de trabalhadores cresceu em sete dos dez setores avaliados pelo IBGE. O maior avanço foi no conjunto da administração pública, educação, saúde e serviços sociais, que somou 92 mil novos ocupados, chegando a 1,285 milhão - alta de 7,7% no trimestre. A agropecuária também registrou aumento, com 33 mil trabalhadores a mais.

Na comparação com 2024, a indústria geral lidera o crescimento, com 114 mil novos ocupados (+23,2%). Apenas o grupo “outros serviços” teve queda no ano.

Entre as formas de inserção no mercado, o destaque ficou para os trabalhadores por conta própria, que chegaram a 1,859 milhão, 69 mil a mais do que no trimestre anterior. Esse grupo também é o que mais cresce em um ano: +245 mil pessoas. O setor público veio logo depois, com 49 mil novos empregados, totalizando 936 mil.

O emprego com carteira assinada no setor privado também avançou, atingindo 1,771 milhão, o maior número para um 3º trimestre desde o início da série. Já o trabalho sem carteira assinada recuou: menos 47 mil trabalhadores no trimestre e 102 mil em um ano, fechando em 1,217 milhão.

Com isso, a informalidade teve leve queda e atingiu 51,5%, a menor taxa para um 3º trimestre desde 2016.

Estado tem recorde de ocupados e menor número de desocupados da série

O total de pessoas trabalhando na Bahia chegou a 6,554 milhões, o maior contingente registrado desde 2012. O crescimento foi de 1,5% no trimestre e de 5,4% em um ano.

Já a população desocupada caiu para 605 mil, redução de 6,7% em relação ao trimestre anterior. Em termos históricos, é o menor número de desocupados da série.

O desalento também recuou, embora o estado siga liderando o ranking nacional. No trimestre, a Bahia tinha 453 mil pessoas desalentadas, menor patamar para um 3º trimestre desde 2015.

Salvador empata com o estado e RMS segue com maior taxa entre as regiões metropolitanas

Na capital, a taxa de desocupação ficou em 8,5%, repetindo o número do trimestre anterior e igualando o índice estadual. Com isso, Salvador passou a ter o 3º maior desemprego entre as capitais, atrás apenas de Manaus e Belém.

Na Região Metropolitana de Salvador, a taxa caiu para 9,7%, mas ainda permanece como a maior entre as 21 regiões metropolitanas estudadas.

Bahia registra menor taxa de desemprego em 13 anos, mas segue entre as maiores do Brasil

O estado fechou o trimestre com taxa de desocupação de 8,5%, a menor de toda a série histórica da PNAD Contínua. Ainda assim, permanece como a 3ª mais alta do país, atrás de Pernambuco (10,0%) e Amapá (8,7%). A taxa baiana supera a média nacional, de 5,6%, e é quase quatro vezes maior que os índices de Santa Catarina e Mato Grosso (2,3%).