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Fernanda Santana
Publicado em 10 de agosto de 2019 às 08:42
- Atualizado há 2 anos
Uma bebê de dois anos morreu depois de se afogar na piscina da casa de parentes, em Porto Seguro, na manhã desta sexta-feira (8). A criança chegou a ser transferida para o Hospital Geral do Estado, em Salvador, com vida, mas não resistiu. A avó, Maria Gilda Alves, conta que estava com a neta Hadassa Sena Szigety na casa da irmã quando perdeu a menina de vista. Poucos instantes depois, aproximadamente às 9h, viu o corpo da criança boiar na piscina, e correu para tentar salvá-la. >
No momento do afogamento, estavam na casa de dois pavimentos Maria Gilda, a irmã dela, identificada Sidneia Alves e dona do imóvel; e a bisavó da criança. Maria Gilda conta que estava com a mãe quando sentiu a ausência da crinaça. Conta que desceu a escada correndo, gritando, mergulhou na piscina, mas não adiantou."Era uma criança muito ativa. Brincava muito. Falei para Sidneia: Hadassa tá aí? Mas não tava... Ô minha filhinha", lamentou Maria. Foto: Acervo Pessoal/Fernanda Lima/CORREIO Avó e neta moravam juntas, apenas as duas, numa casa no bairro Parque Ecológico, em Porto Seguro. Maria Gilda costumava visitar a irmã com a neta com frequência, mas afirma que o dia do afogamento foi o primeiro de Hadassa na piscina. A família chegou a acionar o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Foi um sobrinho, no entanto, que levou a menina ao Hospital Luís Eduardo de Porto Seguro para assegurar atendimento mais rápico.>
A família diz que como não havia UTI infantil disponível na cidade, a menina foi transferida e chegou a Salvador por volta das 23h de sexta-feira (9).>
A mãe da bebê, Geruza Sena, mora na Itália há três meses e, depois de receber a ligação de Maria, está a caminho do Brasil. "Ela trabalha com limpeza lá, mandava um dinheirinho para a menina", conta Maria. Antes de partir para a Europa, Geruza pediu a mãe que se encarregasse por um tempo da criação da menina. O pai da criança é argentino e não tinha contato com a filha. >
A remoção do corpo da criança para o Departamento de Polícia Técnica já foi solicitada. O enterro deve acontecer em Porto Seguro, onde a criança nasceu. O caso também será investigado pela delegacia de Porto Seguro. >
Dicas do Grupamento Marítimo do Corpo de Bombeiros Militar da Bahia para prevenir afogamentos e cuidados nas piscinas:>
1) Dificulte o acesso das crianças, isolando a piscina com grade de segurança com altura mínima de 1,50m e largura mínima de 12cm nas verticais com um portão 2) Se a piscina estiver em uso, desligue o filtro de sucção>
4) Saia imediatamente da piscina em caso de relâmpagos>
4) Ter sempre a supervisão de um adulto responsavel a uma distância máxima de um braço, ainda que a piscina disponha de guarda-vidas>
5) Se fizer festas em sua residência com piscina, previna acidentes com a contratação de um guarda-vidas particular>
6) Ensine as crianças a nadar, mas nunca deixe seu filho sozinho na piscina, mesmo que a criança saiba nadar>
7) Não deixe brinquedos próximos à piscina, isto poderá atrair crianças e provocar acidentes>
8) Atentar para os avisos de profundidade e segurança nos arredores da piscina>
9) O uso de coletes salva-vidas para crianças menores de 5 anos ou pessoas sem conhecimento de natação diminui a possibilidade de incidentes, mas não permita o uso de objetos como bola, bóias de braço, pranchas, pneus>
10) Mergulhos de cabeça em locais de profundidade menor que 1,8m são extremamente perigosos >
11) Não permita brincadeiras violentas para evitar o risco de trauma craniano e perda de consciência>
12) Evite ingerir bebidas alcoólicas e alimentos pesados, antes do banho de piscina>
13) Em caso de afogamento, ligue 193; mas procure se instruir em noções básicas de suporte básico de vida, porque os primeiros minutos são essenciais 14) O risco de afogamento em crianças também está relacionado ao isolamento das áreas DENTRO DE CASA, então procure sempre fechar qualquer porta que dê acesso água>
15) Mantenhas baldes e bacias fora do alcance das crianças! Mantenha-os vazios ou virados pra baixo. A altura de 2cm já é suficiente para afogar uma criança>
*com supervisão do chefe de reportagem Jorge Gauthier>