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Bom Jesus da Lapa: após tiroteio e morte de PMs, moradores têm medo de sair de casa

Gilberto Lemos e Everton Oliveira foram sequestrados e mortos a tiros durante a madrugada desta segunda-feira

  • Foto do(a) author(a) Thais Borges
  • Thais Borges

Publicado em 23 de janeiro de 2017 às 17:30

 - Atualizado há 2 anos

Everton (de rosa) e Gilberto (de boné) foram sequestrados e mortos por bandidos (Foto: Reprodução)Acuada, a população de Bom Jesus da Lapa escutava os tiros, durante toda a madrugada desta segunda-feira (23), sem saber o que fazer. O clima de tensão assustou os moradores, que na manhã de hoje continuavam com medo de sair de casa.

“Eu só escutei os tiros, mas a coisa foi feia. Eram muitos tiros, parecia perseguição. Em tudo quanto é bairro, teve tiro”, afirma a comerciante Dilna Maria da Silva, 49. Moradora de uma das localidades onde faltou luz, ela conta que ficou trancada em casa e tentou dormir, com medo. O tiroteio resultou na morte dos policiais Gilberto Lemos Silva Júnior, 28 anos, e Everton Oliveira de Santana, 26.

Pensava: ‘no dia seguinte, descobriria o que houve’. De fato, soube do que aconteceu no dia seguinte. Assim que saiu para trabalhar, encontrou outros comerciantes assustados. “O pessoal só comentando que os caras causaram terror. Nossa cidade tem bandidagem, mas não a ponto de querer assaltar banco. Tem os ladrãozinho de bolsas, essas coisas que têm em qualquer cidade. Mas nunca algo com tanto armamento”, diz. 

Além disso, quando muitos moradores acordaram nesta segunda-feira, se depararam com uma mega operação da Secretaria da Segurança Pública do Estado da Bahia (SSP-BA) para localizar os autores dos crimes. Durante todo o dia, equipes do Departamento de Repressão e Combate ao Crime Organizado (Draco), do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), além da Companhias Independentes de Policiamento Especializado (Cipe) Cerrado e Semiárido fazem rondas pela cidade. Há, ainda, o apoio das aeronaves do Grupamento Aéreo da Polícia Militar (Graer).

“O helicóptero estava rodando a cidade todinha. Chegou muita polícia, muito reforço. Mesmo assim, tem gente que não saiu de casa”, contou um morador que não quis se identificar. O comércio funcionou normalmente, mas não houve movimento. “O pessoal está todo em casa. Parece que ainda estão com medo”, afirmou a vendedora Edineia. 

As duas agências bancárias, por outro lado, permanecem intactas, no centro da cidade. “Não teve nada: nem uma porta quebrada. Parece só revolta entre polícia e bandido”, arriscou outro morador.