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Corpo de bebê que teve cabeça decepada no parto é exumado na Bahia

Perícia constatou corte no pescoço e fratura na clavícula da criança

  • Foto do(a) author(a) Lara Bastos
  • Lara Bastos

Publicado em 17 de dezembro de 2015 às 11:11

 - Atualizado há 2 anos

O corpo do bebê que teve a cabeça decepada durante o parto no município de Itapetinga, no centro-sul baiano, foi exumado na tarde desta quarta-feira (16). A perícia comprovou que houve corte no pescoço do bebê e constatou ainda indícios de fratura na clavícula e em outros ossos. O corpo da criança foi sepultado novamente logo em seguida.

De acordo com o delegado responsável pelo caso, Marcos Larocca, a necropsia para determinar a causa da morte não pôde ser realizada devido ao tempo que o bebê passou enterrado. "O médico que fez o parto pediu o enterro imediato e a família, em estado de dor, aceitou", explica o delegado. O parto aconteceu no dia 6 de setembro, na maternidade do Hospital Cristo Redentor.Parto aconteceu no Hospital Cristo Redentor, administrado pela Fundação José Silveira(Foto: Reprodução/Itapetinga na Mídia)O laudo do Departamento de Polícia Técnica (DPT) deve ficar pronto em até 30 dias. Segundo Larocca, pessoas ligadas ao caso já foram ouvidas em depoimento. “Estamos tendo dificuldade para marcar com a equipe médica, mas em 30 dias devemos concluir o inquérito”, garante. O médico Rubem Moreira Santos, responsável pelo parto, será o último a ser ouvido, segundo o delegado.

O pai da criança, Paulo César Moreira Silva, 46, acompanhou a exumação. "É doloroso, pra gente que é pai, olhar e ver, mas tem que acompanhar. A justiça de Deus vem no momento certo, mas a dos homens a gente tem que lutar para conseguir", afirma o taxista.

Relembre o casoO bebê Luis Miguel teve a cabeça decepada durante o parto no Hospital Cristo Redentor, administrado pela Fundação José Silveira, no dia 6 de setembro. Em entrevista ao CORREIO, Paulo César Moreira Silva, 46 anos, contou que o filho morreu durante o parto, teve a cabeça arrancada e depois costurada novamente ao corpo pela equipe médica.

O parto era conduzido pelo médico Rubem Moreira Santos, que foi afastado pela Fundação José Silveira após a morte da criança. Segundo Paulo César, o parto estava programado para acontecer no dia 8 de setembro, mas a esposa começou a sentir dores dois dias antes. No hospital, o médico avaliou que o parto deveria acontecer normal. Ainda segundo o pai, a cabeça da criança ficou presa no canal vaginal da mãe e ele morreu sufocado. 

O médico afirma que realizou o procedimento para salvar a vida da mãe. "O parto começou, a mamãe começou a fazer força e apareceu a cabeça (do bebê). É sabedoria popular: passou a cabeça, passa o resto. Mas aí não passou. Tenho 40 anos fazendo parto, isso nunca me aconteceu", declara. Ainda segundo Rubem, o pai da criança autorizou o procedimento.