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Delegado exonerado da polícia por desvio de armas em operação teria mandado matar informante

Esquema criminoso em ação da polícia em 2024 é alvo de investigação

  • Foto do(a) author(a) Wendel de Novais
  • Wendel de Novais

Publicado em 12 de agosto de 2025 às 08:52

Delegado foi exonerado em março deste ano Crédito: Reprodução

O delegado Nilton Tormes, exonerado por suspeita de desvios de fuzis e duas execuções em uma operação em 2024, teria ordenado a morte de um informante que deu a localização de armas apreendidas no Caji, em Lauro de Freitas. De acordo com a TV Bahia, o delegado Adailton Adam, que investigou a morte de Joseval Santos Souza, ouviu do soldado Ernesto Nilton Nery Souza que Tormes teria dito ‘dê o destino’ no local da apreensão quando foi perguntado sobre o que fazer com a vítima.

A fala indicaria a morte de Joseval, que teve o corpo encontrado três dias após a ação, no dia 14 de julho, em Cajazeiras de Abrantes. Jeferson Sacramento Santos, enteado de Joseval que foi capturado com ele e ficou no carro enquanto o padrasto mostrava o local onde as armas estavam para os policiais, foi encontrado morto dois dias antes, no dia 12 de julho, em Águas Claras. Ainda no dia 11 de julho, quando houve a ação, uma pessoa chegou a entrar em contato com a família das vítimas pedindo R$ 30 mil para resgate.

Joseval foi morto após informar localização de armas por Reprodução

Nery, que é soldado da Polícia Militar e estava lotado na Liberdade na época do crime, confessou a execução das vítimas e a utilização de um cartão de crédito de Jeferson em uma banca de caldo de cana para o delegado Adailton Adam. A compra, inclusive, seria a pista-chave para que a morte dos dois fosse conectada à operação e ao desvio de parte das armas encontradas no Caji, como o CORREIO mostrou em reportagem.

Adam é titular da Delegacia Antissequestro e, por isso, investigava o desparecimento de Jeferson e Joseval após denúncia da família dos dois. Em depoimento sobre o caso, o soldado Nery confessou ainda que teria ficado com uma das armas encontradas na operação, sem fazer o registro dela. Ainda de acordo com Adam, Tormes e Roque de Jesus Dórea, capitão da Polícia Militar que também é investigado pelo desvio de armas, o procuraram pedindo que parasse com a investigação.

Nery, Dórea e Jorge Adisson Santos da Cruz, ex-PM que foi demitido da corporação em 2015, foram denunciados pelo crime de desvio de armas que antecedeu as mortes de Jeferson e Joseval. Os três foram alvo de denúncia do Ministério Público (MP) e a Corregedoria da Polícia Civil, que apontaram que, apesar de seis fuzis terem sido apresentados como resultado da operação, no local, havia ao menos 20 armas do tipo, sendo assim 14 delas desviadas pelos envolvidos.

A operação teve participação de uma equipe de Coordenação de Recursos Especiais (Core). Para chegar ao tonel onde estavam as armas, munições e drogas, os agentes passaram por uma área de mata mesmo com chuva durante a madrugada. Depois de encontrar as armas, os policiais as colocaram em um porta-malas da viatura do Core, mas nenhum deles soube informar quantas armas foram apreendidas. A reportagem não localizou a defesa do delegado Nilton Tormes até o momento. Espaço está aberto para posicionamento.