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Da Redação
Publicado em 19 de maio de 2009 às 11:35
- Atualizado há 2 anos
As chuvas que atingiram Nazaré das Farinhas (a 64 quilômetros de Salvador) no fim de semana deixaram pelo menos 200 famílias desabrigadas. As áreas mais afetadas estão nas proximidades da cabeceira do Rio Batatan e em toda a extensão da parte urbana do Rio Jaguaripe, que corta a cidade.>
Em função dos estragos provocados no município, o prefeito, Nilton Roberto Almeida, decretou estado de emergência e solicitou o apoio do Tiro de Guerra. >
A enchente deste fim de semana supera a de 1993, a última cheia registrada na cidade, até então. Nesta terça-feira (19), haverá uma reunião de emergência na prefeitura com a participação de todos os secretários.>
No encontro, serão levantados os prejuízos registrados no município e o plano de ação para ajudar os desabrigados, que foram levados para escolas municipais e estaduais de Nazaré. >
A prefeitura também pediu apoio dos governos estaduais e federais. No momento, o município precisa de colchões, cobertores e alimentos. Na localidade de Ilha das Cobras, quase todas as famílias ficaram desabrigadas. >
Outras áreas afetadas da cidade são: Areal, Batatan, Coreia, Mercantil, Caquende, Muritiba e a Avenida dom Pedro II, a principal da cidade, onde é realizada a Feira de Caxixis, principal evento turístico de Nazaré. Os prédios do INSS e do Fórum da cidade não escaparam e também foram alagados. Pelo menos cinco casas desabaram, mas não há registro de vítimas. >
Maria de Lourdes Ferreira Silva, 64 anos, que mora em uma casa na Ilha das Cobras com o marido e mais quatro pessoas, acordou às 4h30 de ontem com água passando da altura do joelho. Ela perdeu geladeira, guarda roupa, mesa e boa parte das roupas. >
Sobrevivia com os rendimentos obtidos com um pequeno comércio que tinha em frente a sua casa. “Fiquei chocada com a situação. Se tivesse continuado a chover seria muito pior. Moro aqui há 12 anos e nunca vi nada parecido com isso”. >
Outra vítima das chuvas é Ednalva Santos Silva. A família dela é uma das 30 que estão abrigadas na Escola Eduardo Carigé. “Minha casa caiu. Até as panelas que uso para fazer e vender acarajé ficaram boiando no rio. Não sei o que fazer, agora é só rezar”.>
(notícia publicada na edição impressa do dia 19/05/2009 do CORREIO)>