Acesse sua conta
Ainda não é assinante?
Ao continuar, você concorda com a nossa Política de Privacidade
ou
Entre com o Google
Alterar senha
Preencha os campos abaixo, e clique em "Confirma alteração" para confirmar a mudança.
Recuperar senha
Preencha o campo abaixo com seu email.

Já tem uma conta? Entre
Alterar senha
Preencha os campos abaixo, e clique em "Confirma alteração" para confirmar a mudança.
Dados não encontrados!
Você ainda não é nosso assinante!
Mas é facil resolver isso, clique abaixo e veja como fazer parte da comunidade Correio *
ASSINE

Dois homens são mortos em área de conflito indígena em Porto Seguro

Mortes ocorreram na região de Barra Velha

  • Foto do(a) author(a) Wendel de Novais
  • Wendel de Novais

Publicado em 10 de julho de 2025 às 10:09

Itarauí Santana de Souza foi morto em Barra Velha Crédito: Reprodução

Dois homens foram mortos a tiros na região de Barra Velha, uma área de tensão agrária na cidade de Porto Seguro, no extremo sul da Bahia, na tarde de quarta-feira (9). Os corpos foram encontrados abandonados em uma estrada que dá acesso à comunidade local. Uma das vítimas foi identificada como Itarauí Santana de Souza, um indígena que morava região. A segunda vítima ainda não teve nome revelado.

A Polícia Militar da Bahia (PM-BA) foi acionada através do 8º Batalhão da Polícia Militar (BPM). Os agentes estiveram no local e constataram a morte, acionando o Departamento de Polícia Técnica (DPT). Após perícia, os corpos foram encaminhados ao órgão para realização de necropsia. Ainda não há detalhes sobre os sepultamentos ou possíveis motivações e autores do crime, que estão sendo investigados.

Barra Velha tem sido marcada por conflitos entre indígenas e fazendeiros nos últimos meses e chegou a contar com o policiamento reforçado em abril pela Força Nacional de Segurança Pública (FNSP). Segundo o Ministério da Justiça, o grupo permanecerá no município até o final de julho para garantir a segurança na área.

No entanto, na última sexta-feira (4), agentes da força foram interceptados por um grupo de pessoas depois de prenderem cinco homens com armas de fogo. Na ocasião, os policiais tiveram que liberar o grupo, ficando com o material apreendido. Dois dias antes, outros dois homens e dois adolescentes foram presos pelo mesmo motivo, incluindo Welington Ribeiro de Oliveira, conhecido como o cacique Suruí Pataxó.

Em protesto contra as ações policiais, indígenas bloquearam por seis horas dois sentidos de um trecho da BR-101 na entrada do Parque Nacional Monte Pascoal. Depois, uma nova manifestação durou 36 horas no mesmo local. A Articulação dos Povos e Organizações Indígenas do Nordeste, Minas Gerais e Espírito Santo (Apoinme) repudiou as prisões, afirmando que o cacique sofre ameaças de morte há anos, é defensor dos direitos humanos e foi preso de forma injusta.