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Empresário cansado de ser assaltado usa faixa para sensibilizar ladrões

Dono de lan house em Vitória da Conquista foi roubado 3 vezes em 20 dias

  • D
  • Da Redação

Publicado em 13 de outubro de 2009 às 08:09

 - Atualizado há 2 anos

É tentando superar os problemas com criatividade e bom humor que o empresário Pedro Paulo Rocha, dono do Cyber Conquista, em Vitória da Conquista, exibe na fachada de sua lan house uma faixa fazendo um apelo aos criminosos da região: “Por favor, preciso de um tempo para fazer algum”. Depois de ser roubado três vezes em 20 dias, Pedro Paulo pede a compreensão dos bandidos: eles precisam aguardar, já que ele está sem dinheiro, até mesmo para dar aos assaltantes.

Empresário usa faixa para sensibilizar ladrõesFoto do leitor Anderson Oliveira Santos

O empresário sabe que as três ações criminosas (ocorridas nos dias 4, 14 e 25 do mês passado) foram protagonizadas pelos mesmos bandidos. Ele também não tem dúvidas de que eles são os responsáveis pela onda de roubos a comerciantes no município.

Decidido a chamar a atenção das autoridades, Pedro resolveu agir de forma diferente. “Em vez de só registrar a ocorrência, fui duas vezes até a central de monitoramento de câmeras da cidade e passeia descrição dos criminosos. Ficaram de me dar um retorno. Até hoje, não recebi respostas”, conta Pedro Paulo, que decidiu fazer a faixa com o apelo: “Senhores assaltantes, peço-lhes um tempo... Fui roubado três vezes em 20 dias. Respeitosamente, Cyber Conquista”. “Era para parecer faixa de loja de eletrodomésticos, dessas que cobrem o preço. Chamei a atenção”, acredita o empresário.

MudançasAlém da faixa, o empresário resolveu adotar outras medidas de prevenção. “Fechava a loja por volta das 21h30. Depois, passei para as 20h. Agora estou fechando às 18h30 e ainda assim fui assaltado. Vou fechar às18h a partir de agora.Vou perder dinheiro, mas preciso me sentir mais seguro”, diz Pedro Paulo.

De acordo com o empresário, os bandidos já estão familiarizados com a loja. “No primeiro assalto, eles estavam encapuzados. No segundo, só de boné. No último, já vieram de cara limpa e sem armas em punho. Chegaram dizendo que estavam buscando o que era deles”, lembra.

Após saquearem a loja e os clientes — um deles estava com R$ 800 e não quis entregar o dinheiro—, eles sacaram as armas e trancaram todas as vítimas num banheiro. “Depois que nos trancaram, deram um tiro para nos assustar. Foi o momento mais violento”, conta o empresário.

EsperançaMais atento e buscando novas formas de tentar se proteger, Pedro Paulo tem esperança de que a polícia prenda os criminosos.“O que mais me marcou nisso tudo foi ver a certeza da impunidade no rosto deles. Não estão nem aí para ninguém, nem para a polícia. Espero realmente que isso acabe“, torce. A PM foi procurada pela reportagem, mas não comentou o caso.

(Notícia publicada na edição impressa do dia 13/10/2009 do CORREIO)