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Entenda o passo a passo e as regras para blindar um carro no Brasil

Blindagem de veículos é fiscalizada pelo Exército e exige autorização antes do início do processo

  • Foto do(a) author(a) Yan Inácio
  • Yan Inácio

Publicado em 9 de setembro de 2025 às 08:00

Carro foi atingido por pelo menos 12 disparos
Carro foi metralhado com 12 disparos em Piatã, no dia 31 de julho Crédito: Arisson Marinho/CORREIO

Já pensou em blindar seu carro? Em 2024, 268 carros foram blindados na Bahia, o que colocou o estado no 6º lugar entre as unidades federativas que mais reforçam veículos no Brasil. Ao todo, existem seis diferentes níveis de blindagem, definidos pelos tipos de armamento, munição, massa e velocidade do projétil.

A blindagem automotiva mais praticada no Brasil é a de nível 3-A, que protege os ocupantes do veículo contra disparos de pistolas 9 mm e revólveres 44 Magnum. Além do nível 3-A, há outros mais baixos, como os níveis 1, 2 e 2-A, que protegem contra armas de menor calibre, assim como há níveis maiores, como o 3 e o 4, que chegam a suportar disparos de armas longas e fuzis, mas que não estão disponíveis para qualquer interessado.

No país, o Exército é o órgão responsável por fiscalizar o setor em território brasileiro. “O nível 3 é de uso restrito, ou seja, trata-se de um nível especial em que a pessoa precisa de fato comprovar a ameaça para que o Exército autorize essa proteção. Ela é encontrada geralmente em veículos militares e também nos de transporte de valores. O nível 4, por sua vez, tem sua aplicação proibida para uso civil”, explica Marcelo Silva, presidente da Abrablin.

Antes de blindar um carro, é necessário ter em mãos uma autorização do Exército, que só pode ser solicitada por blindadoras credenciadas pelo órgão militar para realizar o serviço. Depois que a documentação é liberada, a empresa encomenda o material balístico e os componentes que serão substituídos, como os vidros e a manta balística que cobrirá a lataria. Na primeira etapa do processo de blindagem, o carro inteiro é desmontado e envelopado para evitar arranhões.

A partir daí, entra a aplicação do aço balístico na lataria do veículo. Portas, parachoque, porta-malas, colunas e toda parte estrutural do carro é reforçada com o material de alta resistência. Os vidros também recebem componentes blindados. Nessa etapa, uma alternativa mais cara, porém mais leve, é o polietileno, que reduz bastante o peso do carro após a blindagem e geralmente é utilizado em automóveis de alto padrão ou elétricos.

Depois de ter toda a carcaça reforçada, o carro é remontado com os devidos acabamentos para mantê-lo mais fiel possível à versão original. Por fim, são realizados diversos testes para testar a vedação da blindagem, como simuladores de chuva e testes de rua. Passadas as avaliações, o veículo é higienizado e encaminhado de volta para o cliente. Segundo João Ricardo, diretor da SBI Blindagens, o processo demora de 40 a 50 dias, a depender do modelo do veículo.

Segundo João Ricardo Araújo, na SBI Blindagens, o menor investimento para blindagem de nível 3-A, a mais praticada no país, gira em torno de R$70 mil para carros menores e com menor área envidraçada, como o Hyundai HB20. Os valores aumentam para R$ 80 mil para sedans médios, como o Toyota Corolla e cresce para R$ 90 mil, em média, para SUVs como o Toyota SW4.

Os valores sobem para veículos com equipamentos opcionais. “Tem blindagens que a depender dos opcionais do carro, chegam dos R$ 130 a R$ 140 mil. Geralmente são carros mais caros, como Land Rover e Porsche.”, explicou João Ricardo Araújo. Os campeões de blindagem da empresa, segundo o diretor, são o Toyota SW4, o Corolla Cross, o Jeep Comander, o Jeep Compass e o Ford Ranger.