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Governo reconhece território quilombola em Cachoeira

Comunidades de Calolé, Tombo e Imbiara recebem relatório oficial do Incra após anos de luta por regularização fundiária

Publicado em 3 de setembro de 2025 às 13:44

Território foi reconhecido
Território foi reconhecido Crédito: Divulgação

O território quilombola de Calolé, Tombo e Imbiara, localizado em Cachoeira, no Recôncavo Baiano, teve seu Relatório Técnico de Identificação e Delimitação (RTID) publicado no Diário Oficial da União nesta quarta-feira (3). O documento foi entregue a representantes das comunidades em cerimônia realizada no auditório do Incra, em Salvador.

A área delimitada soma 1.266,8 hectares e envolve 16 imóveis rurais e posses. Ao todo, 329 famílias remanescentes de quilombo estão cadastradas no local.

Território foi reconhecido por Divulgação

Segundo o superintendente regional do Incra Bahia, Carlos Borges, a expectativa é que novos relatórios sejam concluídos até o fim da gestão. “As terras onde viveram e trabalharam os ancestrais dessas famílias, ao final do processo, estarão oficialmente reconhecidas como pertencentes à comunidade de seus descendentes”, afirmou.

O relatório antropológico foi doado ao Incra em 2018 pela Universidade Federal da Bahia, por meio do projeto Observa Bahia.

Cachoeira já tem quatro RTIDs publicados, em um total de 18 comunidades e 11 processos administrativos abertos. De acordo com Flávio Assiz, chefe da Divisão de Territórios Quilombolas, a origem de Calolé, Tombo e Imbiara remonta ao auge das usinas de cana-de-açúcar. “A história dessas famílias está ligada à permanência dos quilombolas na própria fazenda, vivendo nas bordas e nos mangues”, explicou.

Atualmente, a produção local é baseada em mandioca, quiabo, laranja e manga, além da coleta de jenipapo e da mariscagem. Parte das famílias ainda depende do arrendamento de terras de fazendeiros.

Para os moradores, a publicação do RTID é uma conquista, mas a expectativa é pela titulação definitiva. “Agora temos mais segurança de que, mais adiante, vamos conquistar a titulação do território”, disse Lorival Ferreira dos Santos, liderança da comunidade Calolé.