Cadastre-se e receba grátis as principais notícias do Correio.
Wendel de Novais
Publicado em 15 de agosto de 2025 às 10:39
A violência armada não tem dado sossego para quem mora ou frequenta a região da Praça do Oásis, no bairro do Jequiézinho, na cidade Jequié, no sudoeste da Bahia. Uma semana depois da execução de um dono de barraca de acarajé, o local voltou a ser palco de um homicídio na noite de quinta-feira (14). >
Dessa vez, a vítima, que foi identificada como Evanildo Santos Ferreira, 45 anos, estava em um estabelecimento comercial na praça quando foi surpreendida por disparos. De acordo com informações iniciais, Evanildo estava em um bar e foi baleado dentro do local, sendo socorrido para um hospital, mas não resistiu aos ferimentos. >
Morte em Jequié
A Polícia Militar da Bahia (PM-BA) confirmou o caso, explicando que agentes do 19º Batalhão (BPM) foram acionados para a ocorrência na Rua Jucá Reouças, mas foram informados que a vítima já tinha dado entrada no Hospital Geral Prado Valadares. A Polícia Civil (PC), por sua vez, informou que o homem morreu na unidade. >
O caso foi registrado na 1ª Delegacia Territorial (DT/Jequié) após guias de perícia e necropsia serem expedidas pelo Departamento de Polícia Técnica (DPT). A delegacia investiga também a morte Marcus Vinícius de França Bispo, 30 anos, dono de barraca de acarajé que foi executado com tiros no rosto enquanto estava trabalhando. >
Veja fotos do dono de barraca de acarajé
Na última semana, inclusive, Jequié registrou uma onda de violência, com seis execuções em cinco dias. Entre as vítimas, além de Marcus, estavam quatro homens e uma mulher. Todos foram alvos de ataques a tiros feitos por uma ou mais pessoas que os executaram sem qualquer chance de defesa. >
O Anuário da Segurança Pública revelou que, no ano passado, Jequié foi a segunda cidade com maior taxa de homicídios por 100 mil habitantes em todo o Brasil. Em terceiro lugar na estatística em 2023, a Cidade Sol subiu um degrau na escalada de violência com taxa de mortalidade de 77,6 por 100 mil habitantes, o que a faz permanecer como uma das mais violentas do país. >
Ao todo, foram 131 mortes violentas na cidade e, destas, 44 foram provocadas pelas polícias Militar e Civil. >