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Indígena é baleado na cabeça após invasão de homens armados em aldeia na Bahia

Informações da polícia indicam que a tentativa de homicídio ocorreu no distrito de Cumuruxatiba

  • Foto do(a) author(a) Elaine Sanoli
  • Elaine Sanoli

Publicado em 2 de outubro de 2025 às 21:06

Em um vídeo compartilhado na redes sociais, homens são vistos correndo
Em um vídeo compartilhado na redes sociais, homens são vistos correndo Crédito: Reprodução/Redes sociais

Um indígena foi alvo de disparo de arma de fogo na região de Prado, no Extremo Sul da Bahia. Informações indicam que a Aldeia Kai, no território Kaí-Pequi, localizada no distrito de Cumuruxatiba, foi invadida por homens armados que atiraram contra a comunidade. O registro da Polícia Civil aponta que a vítima foi baleada na tarde desta quarta-feira (1º).

De acordo com informações do Conselho de Caciques do Território Indígena Barra Velha do Monte Pascoal, um jovem indígena ainda não identificado foi atingido na cabeça, e o líder Ricardo Pataxó também acabou ferido no ataque. Conforme o relato, cerca de quarenta homens armados invadiram a comunidade e abriram fogo contra os indígenas.

O grupo denuncia que os autores da ação seriam grileiros e latifundiários interessados em áreas para especulação imobiliária do território, que ainda não recebeu demarcação. "Relatos de moradores indicam que o ataque ocorreu de forma indiscriminada, evidenciando mais um episódio de violência sistemática contra o povo Pataxó, que luta há décadas pela demarcação e proteção de seus territórios tradicionais", descreve o comunicado.

O caso foi denunciado também pela deputada mineira Célia Xakriabá. "Exigimos segurança imediata para a comunidade, investigação rigorosa desses crimes e responsabilização dos envolvidos. Essa não é a primeira vez que o povo Pataxó e os povos indígenas são brutalmente atacados", escreveu a parlamentar em uma publicação nas redes sociais, ao relembrar o assassinato da indígena Nega Pataxó, em Potiraguá, também na região sul, em 2024.

Um inquérito policial foi instaurado na Delegacia Territorial (DT) de Prado para apurar as circunstâncias do caso. O CORREIO procurou a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) na Bahia e aguarda um retorno.