Cadastre-se e receba grátis as principais notícias do Correio.
Da Redação
Publicado em 11 de maio de 2011 às 05:21
- Atualizado há 3 anos
Em casa, num bairro pobre de Salvador, o violista Tarsis Cruz estuda viola três horas por dia. Depois, segue para outro compromisso diário: ensaio no Neojibá, Núcleo Estadual de Orquestras Juvenis e Infantis da Bahia, um projeto criado há quatro anos, que abriu para ele e centenas de outros jovens as portas da música clássica.>
"Muita gente acha que música erudita é para poucos, mas a gente veio para dizer que música erudita é de muitos para muitos. Todo mundo é capaz de tocar um instrumento, viola, violino, contrabaixo, sopro", afirma o violista.>
A oboísta Érica Smetak, de 13 anos, traz a música no sangue. É neta de maestro. “Tudo o que eu aprendi foi aqui dentro, desde a teoria até a prática. Tudo o que eu sei foi em busca para colocar dentro da orquestra. Então, para mim é tudo".>
O núcleo mantém 200 músicos divididos em três orquestras, e a mais experiente delas vai fazer a segunda viagem internacional em menos de um ano. Tem concerto marcado em Londres no dia 21 de maio.>
A orquestra nunca teve pela frente um desafio tão grande. Para começar, será primeira sinfônica brasileira a se apresentar no prestigiado Royal Festival Hall, uma das mais importantes salas de concerto da Europa e ainda vai dividir o palco com um fenômeno da música clássica mundial.>
Os jovens terão a companhia do aclamado pianista chinês Lang Lang como solista. Uma responsabilidade e tanto. Mas, para o maestro Ricardo Castro, não há o que temer. "Muitos países já fazem viajar suas orquestras juvenis, e a orquestra juvenil da Bahia está mostrando que a gente pode estar presente no cenário internacional". As informações são do G1.>