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Mais da metade dos baianos envolvidos com o tráfico quer sair do crime, aponta pesquisa

Em todo o país, 58% das pessoas envolvidas com o tráfico de drogas mudaria de vida caso pudessem deixar as atividades criminosas

  • Foto do(a) author(a) Elaine Sanoli
  • Foto do(a) author(a) Agência Brasil
  • Elaine Sanoli

  • Agência Brasil

Publicado em 17 de novembro de 2025 às 21:36

Facções brigam por território na Bahia
Facções brigam por território na Bahia Crédito: Reprodução

Dados da pesquisa Raio-X da Vida Real, do Instituto Data Favela, revelam que, em todo o país, aproximadamente 58% das pessoas envolvidas com o tráfico de drogas mudariam de vida caso pudessem deixar as atividades criminosas com condições financeiras suficientes para se manter. Outros 31% afirmaram que não deixariam as atividades ilegais para trás. Na Bahia, a estimativa indica que 51% deixariam a atuação no crime para ter outra vida; outros 35% disseram que não sairiam.

Entre os que gostariam de deixar o tráfico, cerca de 22% afirmam que gostariam de abrir o próprio negócio e empreender. Na Bahia, esse percentual é de 11%. Em todo o Brasil, 20% gostariam de trabalhar com carteira assinada; na Bahia, a estimativa é de 22%.

Como impedimento, 33% dos entrevistados apontaram que temem não conseguir outra fonte de renda; 26% temem o risco de vida. Entre os baianos, o percentual dos que temem pelo risco de vida chega a 68%.

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Perfil nacional

O Raio-X da Vida Real indicou que 79% dos que responderam a pesquisa são homens, 21% mulheres, e menos de 1% se declarou LGBTQIAPN+.

  • 74% são negros;
  • 50% são jovens entre 13 e 26 anos;
  • 80% nasceram e cresceram na mesma favela;
  • 50% têm companheiro (a); 
  • 70% são de religiões de matriz africana, católica ou evangélica;
  • 52% têm filhos;
  • e 42% não completaram o ensino fundamental.

A mãe é a figura mais importante para 43% dos entrevistados, e junto de avós, tias e companheiras, as referências femininas chegam a 51% dos vínculos afetivos mais citados. Já para 22%, as figuras mais importantes são filhos ou filhas.

Além disso, 84% afirmam que não deixariam um filho entrar para o crime.

Metodologia da pesquisa

Das 5 mil entrevistas presenciais, realizadas nos locais onde se desenvolvem as atividades criminosas do tráfico de drogas, 3.954 foram consideradas válidas. Foi respondido um questionário de 84 perguntas, e os percentuais obtidos têm margem de erro de 1,56 ponto percentual, com nível de confiança de 95%.“Trata-se do maior levantamento já conduzido com pessoas em situação de crime (tráfico de drogas) em atividade, trazendo dados sobre perfil, renda, trajetória, saúde, profissão, sonho, família, saúde, e consumo e expectativas”, informou o Data Favela.

Tags:

Bahia Tráfico de Drogas