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Mulheres cobram até R$ 150 mil por barriga de aluguel na Bahia

Brasil não tem legislação específica para esse tipo de serviço. No entanto, quem for flagrado pode ser enquadrado na lei de transplantes

  • D
  • Da Redação

Publicado em 26 de agosto de 2010 às 07:38

 - Atualizado há 2 anos

Redação CORREIO

No interior da Bahia, mulheres estão oferecendo barriga de aluguel a casais com dificuldades em ter filhos, uma prática ilegal que pode dar oito anos de cadeia.

Uma busca rápida na internet é suficiente para encontrar dezenas de anúncios, como o reproduzido abaixo, de mulheres se dispondo a alugar a barriga. Algumas cobram até R$ 150 mil pelo serviço.

Um anúncio leva a uma moça de 34 anos que mora em Vitória da Conquista, interior da Bahia. A mulher, que trabalha como merendeira numa escola da zona rural, cobra R$ 30 mil e foi procurada por uma jornalista que fingiu interesse pelo aluguel. “Pelo preço, eu acho que está em conta para vocês. Você falou R$ 25 mil. Eu disse não. Eu faço, no caso, de R$ 30 mil”.

Ela justifica o preço. “Pensei em colocar pelas dificuldades que a gente passa no dia a dia. Eu tenho uma filha que jamais quero que passe pelas dificuldades que eu passei”, diz.

O Brasil não tem legislação específica para barriga de aluguel, mas um criminalista diz que quem recorre ao serviço pode ser enquadrado na lei de transplantes, que proíbe a compra e a venda de tecidos, órgãos ou partes do corpo humano e prevê até oito anos de prisão.

“Há quem entenda que, quando uma mulher aluga a sua barriga, ela estará vendendo a sua placenta e estaria enquadrada neste dispositivo”, explica o advogado criminalista Fabiano Pimentel.

A forma como os médicos devem agir nesses casos é determinada pelo Conselho Federal de Medicina. O procedimento só é permitido quando há parentesco de até segundo grau entre a mulher que doa o óvulo e a que empresta o útero. Também não pode haver interesse financeiro envolvido.

“Se ele vai ferir a resolução, ele está fazendo um ilícito ético e aí ele vai ser punido pelo conselho regional de medicina de sua jurisdição. Isso é para proteger a dignidade do ser humano, a dignidade da vida, inclusive da criança”, diz Nedy Neves, secretária do Conselho Regional de Medicina da Bahia (CRM-BA). As informações são do G1.