Polícia analisa imagens de câmeras para identificar assassino de ex-vice-prefeito 

Nenhuma hipótese de investigação é descartada

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  • Da Redação

Publicado em 18 de janeiro de 2018 às 16:18

- Atualizado há um ano

. Crédito: Reprodução

Agentes da 20ª Delegacia (Candeias) estão analisando imagens de câmeras de segurança da empresa Green Transportes & Serviços na tentativa de identificar o assassino do ex vice-prefeito de Ourolândia. José Roberto Soares Vieira, 47 anos, foi morto na última quarta-feira (17) por um homem numa motocicleta quando chegava na empresa, localizada no bairro da Fazenda Mamão, em Candeias. José Roberto era investigado pela Operação Lava Jato e seu depoimento ajudou a manter preso um ex-gerente da Transpetro. (Foto: Reprodução)  As imagens foram levadas para tratamento no Departamento de Polícia Técnica (DPT) e podem até mesmo ser divulgadas para ajudar na busca pelo bandido. Testemunhas do crime já foram ouvidas e durante a semana colegas de trabalho e familiares da vítima prestarão depoimento. A polícia não descarta nenhuma hipótese de investigação. 

O assassino já tinha entrado na transportadora e pedido a José Roberto um emprego. “Era a terceira vez que ele ia até o local e esperava pela chegada de José Roberto, oferecendo-se para capinar um terreno no local”, esclareceu a delegada Maria das Graças Barreto, titular em exercício da unidade. 

Na véspera do crime, o assassino foi até a empresa esperar José Roberto, mas foi embora depois de ser informado que ele não estaria lá. No dia seguinte, quando o homem chegava para trabalhar acompanhado do motorista, foi abordado pelo criminoso. Ele tinha acabado de deixar um carro numa transportadora para ser vendido; queria comprar outro veículo blindado. 

Lava Jato José Roberto era investigado pela Operação Lava Jato e chegou a ser levado em condução coercitiva para depor, em novembro de 2017. Ele era acusado de participar de um esquema de repasse de propinas.  Com base no depoimento de José Roberto, o Ministério Público Federal rastreou pagamentos de R$ 2,3 milhões feitos supostamente em benefício do ex-gerente da Transpetro, José Antônio de Jesus.  José Antônio teve sua prisão temporária convertida em preventiva em novembro após as declarações de José Roberto.