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Programa oferece 60 vagas gratuitas em tecnologia para mulheres refugiadas

Inscrições estão abertas até 8 de agosto

  • Foto do(a) author(a) Larissa Almeida
  • Larissa Almeida

Publicado em 31 de julho de 2025 às 11:39

Programa capacita mulheres refugiadas em tecnologia Crédito: Reprodução/Fly Educação

Estão abertas até o dia 8 de agosto as inscrições para 60 vagas gratuitas no programa Mulheres in Tech, voltado exclusivamente para mulheres refugiadas que vivem nas regiões Norte e Nordeste do país, além da Grande Florianópolis (SC). A iniciativa é promovida pela Fly Educação, em parceria com a ONU Mulheres, Instituto Localiza e Plan International. As inscrições podem ser feitas pelo site.

Com aulas remotas e auxílio alimentação, o curso oferece formação completa na área de programação Front-End, incluindo conteúdos como HTML, CSS, JavaScript, React e Inteligência Artificial. A capacitação também inclui trilhas de desenvolvimento socioemocional e acompanhamento por mentoras da área de tecnologia.

Além das aulas técnicas, as participantes terão acesso a oficinas sobre currículo, entrevistas e LinkedIn, com profissionais de RH; mentorias semanais com mulheres da área de tecnologia; parcerias para empregabilidade, com empresas do setor; formação socioemocional, baseada em metodologias de gestão emocional; e auxílio alimentação, para apoiar a permanência no curso até a conclusão.

O objetivo é preparar as alunas para atuar como desenvolvedoras, com um projeto final que sirva de portfólio para inserção no mercado. “A trilha é focada em upskilling, com temas atuais e em alta no setor”, explica Juliana Galliano, gestora de projetos da Fly Educação.

Por que mulheres refugiadas?

A ação tem como base dados recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e da Agência da Organização das Nações Unidas (ONU) para Refugiados (ACNUR), que apontam que o número de estrangeiros no Brasil passou de 600 mil em 2010 para mais de 1 milhão em 2022. Quase metade desse total (47,6%) é composta por mulheres, concentradas principalmente em São Paulo, Santa Catarina, Roraima e Amazonas.

Essas mulheres enfrentam desafios múltiplos, como desigualdade de gênero, racismo, xenofobia e vulnerabilidade socioeconômica, especialmente nas regiões contempladas pelo programa. Por isso, a iniciativa também está alinhada às diretrizes da ONU Mulheres, que busca promover o empoderamento e o acesso a direitos de mulheres refugiadas, migrantes e apátridas no Brasil.

“Acreditamos que a formação, junto a ações de advocacy e políticas públicas, pode transformar a realidade dessas mulheres, combatendo a violência de gênero e a precarização do trabalho”, afirma Merlina Saudade, agente psicossocial da Fly Educação e parceira da ONU Mulheres.

Histórico da iniciativa

A Fly Educação foi criada em 2014 pela venezuelana Alejandra Yacovodonato, que viveu na pele os desafios da imigração no Brasil. O Mulheres in Tech nasceu em 2020, com a pandemiak e já formou mais de 350 mulheres em situação de vulnerabilidade – incluindo refugiadas, negras, indígenas, trans e LGBTQIAP+.

Segundo levantamento da própria organização, 71% das participantes estão empregadas após a formação. O impacto também aparece em números: só em salários, essas mulheres já somam mais de R$ 5 milhões por ano em geração de renda para suas famílias e para a economia brasileira.