Rodoviários metropolitanos anunciam greve por tempo indeterminado a partir de terça-feira (3)

Os rodoviários metropolitanos da empresa Avanço, que opera 15 linhas de ônibus na Região Metropolitana de Salvador (RMS), vão paralisar as atividades por tempo indeterminado a partir de meia-noite de terça-feira (3). O anúncio foi feito pelo Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários da Região Metropolitana de Salvador, Alagoinhas e Paulo Afonso (Sindmetro-BA).

A paralisação vai afetar usuários do transporte urbano de sete municípios baianos: Lauro de Freitas, Candeias, Camaçari, Madre de Deus, Simões Filho, Santo Amaro e São Francisco do Conde.

Segundo o presidente do Sinmetro-BA, Mário Cleber Costa, a decisão de parar os ônibus ocorre 15 dias após o envio de um ofício para a Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos de Energia, Transportes e Comunicações da Bahia (Agerba). Na ocasião, foi solicitado que a autarquia regularizasse a situação da Avanço a fim de promover maior qualidade ao transporte, mas não houve esforço nesse sentido.

“Identificamos que nada foi feito. Aliás, piorou a situação. [...] O problema está na gestão financeira da empresa e nos donos da empresa, que não têm responsabilidade com os passageiros. [...] A empresa Avanço não tem frota, não tem ônibus e está trabalhando com motoristas com regime de diárias, porque eles estão pedindo demissão para salvar vidas”, disse Mário Cleber em comunicado publicado na rede social do sindicato.

Ele ainda acrescentou que a greve não será curta. “Ela [a empresa] não reúne condições de operação. Os ônibus estão sucateados, velhos e os melhores da empresa foram desviados para serviço em outros municípios, como Valença e Lauro de Freitas”, ressaltou.

No dia 3 de fevereiro deste ano, uma greve também foi convocada pela Sindmetro. A paralisação envolveria todas as empresas do transporte público metropolitano, exceto as linhas operadas pela empresa Atlântico Transportes. No mesmo dia, o Sindicato das Empresas entrou em acordo com os rodoviários e a greve foi encerrada.

O transporte público metropolitano é de responsabilidade do Governo da Bahia, sendo fiscalizado pela Agerba. A reportagem entrou em contato com a autarquia para saber se negociações já estão sendo feitas e se haverá serviço alternativo para os usuários que serão afetados pela greve. A Agerba disse que está apurando informações e emitirá uma resposta em breve.