Rui explica critérios para reduzir público: 'Estamos colhendo o que plantamos'

Número de contaminados, internados e lotação da atenção básica são observados

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  • Da Redação

Publicado em 11 de janeiro de 2022 às 13:40

- Atualizado há um ano

. Crédito: Reprodução

O governador Rui Costa disse nesta terça-feira (11) que três parâmetros serão observados para guiar a quantidade de pessoas a serem permitidas em shows e eventos na Bahia: número de internados, número de contaminados por covid-19 e lotação nas unidades básicas de saúde das cidades. Um decreto estadual diminuiu o número máximo permitido para público em eventos de 5 mil para 3 mil.

"A gente acompanha com as secretarias municipais a situação das UPAs, dos postos de saúde. No momento eles estão lotados, então quanto mais lotados eles estejam, mais grave é o problema. Quanto maior o número de casos ativos, maior o problema. Se perceber que tá aumentando o número de internados em UTI, maior tá sendo o problema", explicou Rui.

Ele destacou que um novo decreto pode diminuir ainda mais a quantidade de público se a situação piorar. "São os três elementos que a gente vai ficando de olho. Se o número não crescer, é sinal que está mais ou menos sob controle. Se o número hoje é 4,6 mil contaminados e semana que vem se mantiver, estabilizou. Mas se semana que vem estiver com 8 mil e o número de internados for para 400, 450, e UPAs e enfermarias ainda mais cheias, é sinal que tá se deteriorando. E aí a gente vai revisar o decreto", continuou.

Já se houver uma melhora, pode haver liberação de mais gente. "O inverso é verdadeiro. Se contaminados caírem, emergências esvaziando, e número de internados começar a cair, é sinal que a doença tá refluindo e a gente pode flexibilizar um pouco.  Tudo depende desses três parâmetros: internados, contaminados e lotação nas unidades básicas dos municípios e emergências dos hospitais".

"Estamos colhendo aquilo que foi plantado" O governador falou das queixas do setor, que ficou insatisfeito com o decreto mais rigoroso. "Desde outubro, novembro, estou fazendo apelo, pedindo que eles ajudem a controlar a doença, ajudem para que só entrassem nos eventos os vacinados. Infelizmente, eles não ajudaram. A maioria, não posso dizer todos, mas a maioria não fez o que deveria ter feito, que é exigir que só entrassem nos eventos as pessoas vacinadas"

Ele disse que dentro do evento é impossível para o organizador controlar quem está de máscaras. "Mas a entrada é possível controlar", destacou. 

"Infelizmente estamos colhendo aquilo que foi plantado. A redução permanece até a situação de contaminação melhorar. E espero que não piore, porque se piorar vamos reduzir ainda mais. Ceará reduziu para 500 pessoas, Pernambuco também para 3 mil", acrescentou ainda Rui.

Fiscalização Rui falou também de comentários sobre a fiscalização da determinação para que bares e restaurantes exijam a vacinação. "Se eu fosse dono de um restaurante, eu ia pedir (o comprovante". Não só pelo cuidado com a saúde dos outros, mas pela saúde do meu negócio. Se o restaurante quer continuar aberto com 100% do público, ele terá maior chance se só entrar ali pessoas vacinadas. Se todo mundo fizer sua parte, a gente vai sair mais rápido disso", acredita.