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Perla Ribeiro
Publicado em 2 de outubro de 2025 às 15:24
Tem gente que ama viajar, mas não costuma pegar a estrada por algum impedimento. Do outro lado, há também os que não sentem prazer nessa experiência. O módulo de Turismo da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC), divulgado nesta quinta-feira (2), mostra que, não ter dinheiro seguiu como principal motivo para os baianos não viajarem em 2024 e foi o que mais ganhou participação frente a 2023. Entre 2023 e 2024, diminuiu um pouco a proporção de domicílios baianos onde nenhum morador havia viajado, de 79,0% para 77,6%, mas, ainda assim, eles representavam 8 em cada 10 residências, ou 4,305 milhões em números absolutos. >
A proporção de domicílios onde ninguém viajou na Bahia (77,6%) seguiu abaixo da verificada nacionalmente (80,7%), em 2024, como em todos os quatro anos anteriores da série histórica da pesquisa. Assim como ocorreu no país como um todo e em quase todos os estados, a principal justificativa entre os baianos para não viajar, em 2024, continuou sendo “não ter dinheiro”, citada por moradores de 4 em cada 10 domicílios onde não houve viagens no estado (42,7% ou 1,837 milhão de residências, em números absolutos).>
Frente a 2023, a falta dinheiro foi, ainda, o motivo para não viajar que mais ganhou participação na Bahia (de 41,2%, naquele ano, para 42,7% em 2024). No Brasil, 39,2% dos domicílios onde nenhum morador viajou relataram a falta de dinheiro como motivo (24,600 milhões em números absolutos). O Maranhão foi o único estado em que a falta de dinheiro não foi o principal motivo para não viajar, e sim “não ter necessidade” - embora os percentuais das duas razões tenham sido bem próximos (33,9% e 35,3% dos domicílios, respectivamente).>
“Não ter necessidade” de viajar foi o segundo motivo mais informado nos domicílios onde não houve viagens na Bahia, em 2024: por 26,1% (1,123 milhão de domicílios). Em terceiro lugar, ficou “não ter tempo”, informado em 11,6% dos domicílios baianos nos quais ninguém viajou no ano (501 mil). Por outro lado, “não ter interesse” teve a perda de participação mais significativa entre as razões citadas para não viajar, de 9,3% em 2023 para 8,1% em 2024, seguindo como quarto motivo mais informado no estado.>