Acesse sua conta
Ainda não é assinante?
Ao continuar, você concorda com a nossa Política de Privacidade
ou
Entre com o Google
Alterar senha
Preencha os campos abaixo, e clique em "Confirma alteração" para confirmar a mudança.
Recuperar senha
Preencha o campo abaixo com seu email.

Já tem uma conta? Entre
Alterar senha
Preencha os campos abaixo, e clique em "Confirma alteração" para confirmar a mudança.
Dados não encontrados!
Você ainda não é nosso assinante!
Mas é facil resolver isso, clique abaixo e veja como fazer parte da comunidade Correio *
ASSINE

Saiba quem é o estudante baiano que recebeu medalha da Nasa por caça a asteroides

Ele viajou até Brasília, na companhia da mãe, Patrícia Moraes, para receber o prêmio junto à sua equipe

  • Foto do(a) author(a) Perla Ribeiro
  • Perla Ribeiro

Publicado em 24 de outubro de 2025 às 10:02

Saiba quem é o estudante baiano que recebeu medalha da Nasa por caça a asteroides
Saiba quem é o estudante baiano que recebeu medalha da Nasa por caça a asteroides Crédito: Divulgação

O baiano Rafael Sousa Silva, 14 anos, recebeu uma medalha da Agência Espacial Norte-Americana (NASA) por participar do programa Caça Asteroides MCTI. Realizado pelo Ministério da Ciência e Tecnologia e Inovação (MCTI) e o Internacional Astronomical Search Collaboration (IASC), o programa busca incentivar jovens talentos a identificar e catalogar corpos celestes próximos da Terra, com o objetivo de estimular o interesse pela Astronomia e pelas Ciências Espaciais. Ele viajou até Brasília, na companhia da mãe, Patrícia Moraes, para receber o prêmio junto à sua equipe.

Aluno do 1º ano do Ensino Médio do Colégio Estadual de Tempo Integral João Vilas Boas, em Livramento de Nossa Senhora, no sudoeste baiano, Rafael considera que a medalha tem o tamanho da sua dedicação aos estudos de Ciências, em especial da Astronomia, que busca entender os corpos celestes (como estrelas, asteroides, satélites, cometas e planetas); o universo; e os fenômenos que ocorrem fora da atmosfera terrestre.

“Sempre gostei muito dessa ciência. Desde o Ensino Fundamental achava muito legal e dizia que queria ser professor para reproduzir esses conhecimentos. A Astronomia é o rumo que quero seguir profissionalmente. Então, sinto que é bem importante este prêmio, especialmente pelo reconhecimento da NASA, uma grande honra que nunca imaginei alcançar”, celebra.

Rafael Sousa Silva é o único baiano da Equipe Marcelinho Ensina, idealizada pelo estudante Marcelo Gomes Viana Lopes, de apenas 9 anos. O grupo, também formado por jovens do Ceará e Rio de Janeiro, identificou 11 asteroides preliminares. “Ser um cientista-cidadão é uma honra e uma oportunidade de auxiliar a NASA na detecção de possíveis ameaças vindas do espaço”, disse Rafael, antes de receber a medalha. Prêmio este que, para além da sua dedicação pessoal, representa o potencial e a projeção dos estudantes da rede estadual da Bahia no cenário científico nacional. Nas redes sociais, Cleriston Gama comemorou: “Excelente aluno. É uma honra ser seu professor. Parabéns, Rafa”.

Orgulhosa, a mãe de Rafael não disfarça a emoção. “É muito gratificante. Estou muito feliz. Ele sempre gostou de estudar, gosta muito de ler e desenhar. Aliás, ele desenha muito bem! Ele também é músico: toca teclado e violão e canta. Ele e o irmão têm ouvidos absolutos”, conta, orgulhosa, Patrícia Moraes. O jovem também gosta de contemplar o céu estrelado diferenciado de Livramento de Nossa Senhora, fenômeno comum às pequenas cidades do interior devido ao menor grau de poluição luminosa, contrastando com os grandes centros urbanos, onde o excesso de iluminação ofusca as estrelas celestiais.

A cerimônia de entrega das medalhas aconteceu na quarta-feira (22), durante a 22ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNTC), que prossegue até domingo (26), reunindo estudantes e pesquisadores de todo o país, em celebração ao conhecimento científico. Durante a execução do Caça Asteroides MCTI, as equipes participantes recebem pacotes de imagens reais do espaço para que possam analisá-las e verificar a existência de objetos em movimento que se encaixem como possíveis asteroides preliminares. O reconhecimento nacional se dá pelas suas contribuições ao programa, no âmbito do compromisso com a educação científica e a astronomia cidadã.

O Caça Asteroides está presente em mais de 80 países, por meio de treinadores oficiais coordenados por Patrick Miller, professor da Universidade Hardin-Simmons (Texas, USA) e fundador do International Astronomical Search Collaboration. O programa visa aproximar os jovens da pesquisa científica e despertar o interesse pela Astronomia, permitindo que eles usem métodos de pesquisa reais para identificar corpos celestes. A campanha é aberta a escolas, clubes de ciência e outros grupos interessados e não exige conhecimento prévio em Astronomia para participar.