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Sessão na Câmara de Lagedo do Tabocal termina em quebra quebra

Energia elétrica do município foi cortada e alguns prédios públicos foram danificados

  • D
  • Da Redação

Publicado em 22 de setembro de 2009 às 14:22

 - Atualizado há 2 anos

Uma sessão na Câmara de Vereadores da cidade de Lagedo do Tabocal, a 340 km de Salvador, terminou em quebra-quebra por toda a cidade. Tudo começou no início da noite de segunda-feira (21) quando vereadores analisavam a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar possíveis irregularidades no processo de licitação para coleta de lixo.

O prédio da Câmara, onde a confusão começou

No início da confusão, a energia elétrica da cidade foi cortada. No escuro, a sessão na Câmara teve que ser suspensa. A população se revoltou e começou a onda de vandalismo. Foram destruídos parte de prédios públicos como a prefeitura da cidade, a Câmara de Vereadores, além do Banco do Brasil e até um abrigo para idosos. A casa da prefeita foi atingida por uma bomba e o telhado foi danificado.

Uma agência do Banco do Brasil foi depredada no quebra-quebra

Três instituições de ensino da cidade foram danificadas: a escola infantil Mãe Preta, o Colégio Estadual Fernando Presídio e o Colégio Cenas, onde os vândalos derrubaram o muro e quebraram vidros. A destruição seguiu pela feira da cidade, onde a maioria das barracas foi destruída. Os manifestantes ainda colocaram fogo no carro do vereador Antônio Soares Sena e jogaram pedra na casa dele. Segundo o presidente da Câmara de Vereadores Felipe Mendes (PSB), a população está insatisfeita porque o prefeito que ganhou a última eleição, Rivaldo Fagundes (PDT), está inelegível e não pôde assumir. No lugar dele, tomou posse a então presidente da Câmara Lilian da Silva Nascimento (PDT), que faz oposição ao partido de Felipe Mendes.

População revoltada invadiu e quebrou a prefeitura

Ainda de acordo com o atual presidente, o motivo principal que provocou a revolta da população foi uma licitação para a coleta de lixo da cidade convocada pela prefeita Lilian Nascimento. O valor total do contrato para a cidade de 9.800 habitantes é de R$ 190.931,05, sendo R$ R$ 38.186,21 por mês. A empresa vencedora, Marcel–Obras e Urbanização LTDA, é de Itiruçu, cidade vizinha  a Lagedo do Tabocal e poderá trabalhar por um ano. 'Achamos estranho uma licitação com um valor tão alto para uma cidade de menos de dez mil habitantes', comentou Felipe Mendes.

A prefeita comentou que o processo licitatório transcorreu normalmente. 'Não houve nenhuma irregularidade. Publicamos a convocação no site da prefeitura e a empresa concorreu', explicou Lilian Nascimento que atribuiu os ataques ao grupo da oposição liderado pelo vereador Felipe Mendes. Ainda segundo ela, o valor da licitação não pode ser considerado alto se comparado com o tamanho da cidade. 'Tem mês que temos mais lixo na cidade e mais árvores para cortar', justificou.

Computador destruído no abrigo para idosos

A delegada que assumiu a delegacia o município há uma semana se mostrou impressionada com tanta destruição. 'A cidade vai ter que ser reconstruída. Parecia coisa de filme', comentou Eliana de Castro que disse ter sido recebida com um presente de grego.

Durante a confusão, uma pessoa levou um tiro e teve que ser levada para o Hospital Prado Valadares, em Jequié. Valdir Santos Viana foi baleado no abdomen, submetido a uma cirurgia e passa bem. O quebra quebra só terminou por volta das 23h. A Polícia Técnica realiza investigações para apurar as responsabilidades sobre o incidente. Até o momento, ninguém foi preso. O expediente nos órgãos públicos de Lajedo do Tabocal foi suspenso nesta terça-feira (22).

Na bagunça, a população também incendiou um automóvel

(atualizada às 15h)