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Da Redação
Publicado em 8 de dezembro de 2022 às 17:55
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou, nesta quinta-feira (8), que em outubro de 2022, as vendas do comércio varejista na Bahia tiveram variação negativa de -0,4% frente ao mês de setembro. A queda veio após dois avanços seguidos nessa comparação: +1,4% de julho para agosto e +0,4% de agosto para setembro. >
O resultado das vendas do comércio baiano ficou menor do registrado no Brasil como um todo, onde houve alta de 0,4%, na passagem de setembro para outubro, com crescimentos em 16 dos 27 estados. Amapá (5,1%), Roraima (2,1%) e Acre (2,0%) tiveram os maiores aumentos das vendas; Paraíba (-6,8%), Rio Grande do Norte (-1,3%) e Tocantins (-0,9%), os recuos mais intensos. A Bahia teve a 9ª maior queda. Os dados são da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC) do IBGE.>
Com o resultado de outubro, o comércio varejista da Bahia entrou o último trimestre de 2022 apresentando um volume de vendas ainda 7,8% abaixo do patamar verificado em fevereiro de 2020, antes da pandemia da covid-19. Além disso, na comparação com o mesmo mês do ano anterior (outubro de 2021), o resultado das vendas do varejo baiano foi negativo (-1,6%) pela sétima vez consecutiva (recua desde abril) e foi, mais uma vez, a segunda queda mais intensa entre os estados, acima apenas do registrado em Tocantins (-3,8%).>
No Brasil como um todo, as vendas cresceram 2,7% em outubro 22/outubro 21, resultado positivo acompanhado por 22 das 27 unidades de Federação. Paraíba (31,3%), Amapá (23,4%) e Roraima (16,4%) tiveram os maiores aumentos.>
Com a nova retração em outubro, as vendas do varejo baiano acumulam queda de 4,3% no ano de 2022, frente ao mesmo período de 2021. O indicador acumulado no ano se mantém negativo há 11 meses, desde dezembro de 2021, e seguiu como a segunda retração mais profunda dentre os estados, superior apenas à registrada em Pernambuco (-4,5%).>
No Brasil como um todo, o varejo sustenta alta de 1,0% no acumulado no ano, com resultados positivos em 18 das 27 unidades da Federação.>
No acumulado nos 12 meses encerrados em outubro (frente aos 12 meses anteriores), o varejo baiano também continua em queda (-6,2%), mantendo o pior resultado do país. No Brasil como um todo, o comércio já apresenta variação positiva no volume de vendas nesse indicador (0,1%), com altas em 14 dos 27 estados.>
Com 4ª queda seguida nas vendas, vestuário (-18,3%) tornou-se, em outubro, atividade que mais contribuiu para recuo geral do varejo baiano>
Em outubro de 2022, a queda geral das vendas do comércio na Bahia (-1,6%), frente ao mesmo mês do ano passado, foi concentrada em três das oito atividades do varejo restrito – que exclui automóveis e material de construção.>
Pela primeira vez depois de 14 meses, a maior queda e o maior impacto negativo no resultado geral do varejo baiano não vieram dos móveis e eletrodomésticos, mas do segmento de tecidos, vestuário e calçados (-18,3%), cujas vendas mostraram o quarto recuo consecutivo.>
Em seguida vieram os outros artigos de uso pessoal e doméstico (-13,9%), cujas vendas caem seguidamente desde abril. Esse segmento reúne lojas de departamento e grandes varejistas on-line. As vendas de móveis e eletrodomésticos (-4,3%) continuaram em queda, mostrando o 16º resultado negativo consecutivo (recuam desde julho de 2021), mas com redução no ritmo de retração.>
Por outro lado, entre as cinco atividades com vendas em alta na Bahia, em outubro, os combustíveis e lubrificantes (6,6%) foram, pelo terceiro mês consecutivo, a principal influência no sentido de conter a queda geral do setor - embora tenham tido o segundo maior aumento, em termos de magnitude da taxa.>
Quem liderou nesse sentido foi o segmento de equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (54,8%), com uma alta expressiva o suficiente para exercer o segundo principal impacto positivo no resultado do varejo baiano como um todo, em outubro.>
Em outubro, vendas do varejo ampliado na Bahia também caíram tanto frente a setembro/2022 (-1,0%) quanto a outubro/2021 (-10,4%)>
Em outubro, o volume de vendas do comércio varejista ampliado baiano retomou o movimento de queda frente ao mês anterior (-1,0%), na série livre de influências sazonais, após estabilidade (0,0%) na passagem de agosto para setembro.>
Varejo ampliado >
Frente a outubro do ano passado, as vendas do varejo ampliado na Bahia também recuaram (-10,4%), com o segundo pior resultado do país, acima apenas do verificado em Pernambuco (-13,5%). No Brasil como um todo, houve variação positiva de 0,3% nessa comparação, com 16 das 27 unidades da Federação em alta.>
O varejo ampliado engloba, além do varejo restrito, as vendas de veículos, motos, partes e peças e de material de construção, para as quais não se consegue separar claramente o que é varejo do que é atacado. >
Em outubro, pela quinta vez consecutiva (isso ocorre desde junho), ambas as atividades recuaram frente ao mesmo mês do ano anterior, na Bahia. As vendas de veículos caíram 29,0%, mostrando o sétimo resultado negativo seguido. Já as de material de construção tiveram retração de 9,3%, a quinta consecutiva.>
O desempenho das vendas do varejo ampliado baiano também segue negativo no acumulado no ano de 2022 (-6,4%, segunda queda mais intensa dentre os estados) e nos 12 meses encerrados em outubro (-5,8%, pior resultado dentre os estados). Em ambos os casos, as taxas estão abaixo das verificadas no Brasil como um todo (-0,5% e -1,0%, respectivamente).>